Gosto do Natal! Gosto do Natal! Gosto do Natal!
Já sei que o espírito da época se dilui no consumismo, na correria pelas lojas, na tristeza de nunca poderem estar todos, porque aquele casou e passou a ter mais uma casa onde festejar, o outro divorciou-se e aparece com uma desconhecida a ocupar o lugar da 1ª, os que morreram fazem-se sentir mais nesta época, etc...
Mas, convenhamos, se não fosse pelo Natal, qdo se juntariam as famílias à volta de uma mesa?
Neste nosso ocidente-que-perdeu-tradições, que rituais ainda nos restam? O carnaval? Hmm, nem sempre apetece uma outra máscara. A passagem de ano? Tem anos. Há anos em que dá uma grande neura ter que fazer balanços e esperar pela meia-noite para começar a aquecer.
Os outros feriados passam por nós sem que demos por eles. Se são pontes, passa-se a ponte; se não são, fica-se a descansar.
O Natal persiste, tem qualquer coisa de reconciliação, tréguas ( é espantoso que se parem bombardeamentos em países em guerra), alegria, várias gerações juntas, cheirinho a boa comida da mamã, relembrar sabores, velas na mesa, frio lá fora, calor humano cá dentro.
Gosto mesmo do Natal! A sério :)
domingo, 21 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
"Homem na escuridão" - Paul Auster
Acabei ontem de ler o último livro do Paul Auster.
Não estranho os ambientes que cria, são-me familiares. Ler o Paul Auster é como conversar com um amigo que sabe contar histórias que se passam com pessoas parecidas connosco.
Há as fantasias e a vida mais real. Há cruzamentos entre os dois mundos. O primeiro atiça-nos a curiosidade, o segundo envolve-nos na intimidade das pessoas do nosso tempo.
Gostei muito das conversas entre o avô e a neta já adulta. Duas gerações sem o constrangimento da geração do meio, que se escutam e se compreendem, que não têm medo de chocar. A distância necessária à proximidade...
A fantasia, que eu julgava que iria reaparecer no fim para resolver aquela realidade, vai-se esfumando, porque deixa de fazer falta...
No livro do ano passado: "Viagem no scriptorium", ganhava a irrealidade. Tudo ficava suspenso.
Este é um livro mais feliz!
Não estranho os ambientes que cria, são-me familiares. Ler o Paul Auster é como conversar com um amigo que sabe contar histórias que se passam com pessoas parecidas connosco.
Há as fantasias e a vida mais real. Há cruzamentos entre os dois mundos. O primeiro atiça-nos a curiosidade, o segundo envolve-nos na intimidade das pessoas do nosso tempo.
Gostei muito das conversas entre o avô e a neta já adulta. Duas gerações sem o constrangimento da geração do meio, que se escutam e se compreendem, que não têm medo de chocar. A distância necessária à proximidade...
A fantasia, que eu julgava que iria reaparecer no fim para resolver aquela realidade, vai-se esfumando, porque deixa de fazer falta...
No livro do ano passado: "Viagem no scriptorium", ganhava a irrealidade. Tudo ficava suspenso.
Este é um livro mais feliz!
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