Vivo mais perto do céu que da terra.
Quando chego a casa, cansada de ruído, deito-me na cama, virada para o lado direito. Em frente, um rectângulo azul salpicado de branco absorve toda a minha atenção. Será atenção? De facto, é mais uma comunhão. Aquele pedaço de céu entra no meu quarto, as nuvens, levemente instáveis, roçam-me a pele... Fecho e abro os olhos. Eu sou aquele céu. Volto a fechar os olhos e, quando os reabro, já está outra nuvem no lugar da anterior. O movimento do meu céu embala-me.
Às vezes adormeço. Acordo e o azul deu lugar ao escuro. Levanto-me. A vida continua e o azul ficou cá dentro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário