SOL
SAL
SUL
Férias!!!!!
saudade do mar, da areia, da linha do horizonte...
de espaço de tempo de liberdade...
de despertar os sentidos de não ter obrigações
da luz da manhã e do fim da tarde
dos grilos à noite
ter um mês por ano em que o tempo interno não é interrompido pelo tempo do relógio...
Para todos os que me visitam: Boas Férias!!!
Para os que ainda trabalham: Coragem! O vosso mês vai chegar! :)
terça-feira, 22 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
O filósofo Zizek
Ultimamente muito se tem falado de Slavoj Zizek, que foi denominado "filósofo pop" pelo sucesso que tem obtido, pouco usual em pessoas ligadas ao pensamento filosófico.
Li a entrevista do Expresso e gostei do que li.
Alguns excertos:
"Na constelação pos-moderna, todas as proposições ontológicas foram rejeitadas. A nossa época é a do pensamento da finitude, do "pensamento fraco". Basicamente, a filosofia renunciou às pretensões epistemológicas de conhecer a realidade, reduziu-se a uma certa lógica discursiva. Eu tento quebrar isso e reabilitar noções como universalidade, verdade, etc..."
"Vejamos alguns exemplos da ideologia actual.A questão da tolerância. Está na moda lutar contra a intolerância e ser pela tolerância. Por que é que automaticamente se formula a luta contra o racismo em luta pela tolerância? Para Martin Luther King, o racismo antinegros não era um problema de tolerância, era um problema de injustiça económica, legalidade, ética..
Por que é que traduzimos o racismo em problema de tolerância? A resposta é clara: pq algo aconteceu com a chamada era pós-ideológica ou pós-política. Todos os problemas são formulados como culturais e não como políticos."
"É preciso repolitizar. Se não repolitizarmos a economia aproximamo-nos da catástrofe."
"Ninguém pergunta se há uma alternativa à democracia parlamentar, uma alternativa ao capitalismo."
"A bela metáfora do novo proletário seria o filme "Matrix", cujas personagens vivem a situação de manipulação total. É mais do que nunca actual a noção marxista de fetichismo da mercadoria.
O paradoxo do fetichismo da mercadoria é que a ilusão da realidade está no que fazes, não no que pensas. A ideologia funciona, cada vez mais, não no que pensas mas no que fazes."
"Há hoje em dia 2 modelos em competição: o capitalismo liberal e a China ou os valores asiáticos. Eu não quero viver num mundo onde estas são as únicas escolhas. Temos necessidade de alternativa."
Temos necessidade de alternativa!
Foi bom ler isto! Sinto-me menos sozinha nas minhas reflexões :)
Li a entrevista do Expresso e gostei do que li.
Alguns excertos:
"Na constelação pos-moderna, todas as proposições ontológicas foram rejeitadas. A nossa época é a do pensamento da finitude, do "pensamento fraco". Basicamente, a filosofia renunciou às pretensões epistemológicas de conhecer a realidade, reduziu-se a uma certa lógica discursiva. Eu tento quebrar isso e reabilitar noções como universalidade, verdade, etc..."
"Vejamos alguns exemplos da ideologia actual.A questão da tolerância. Está na moda lutar contra a intolerância e ser pela tolerância. Por que é que automaticamente se formula a luta contra o racismo em luta pela tolerância? Para Martin Luther King, o racismo antinegros não era um problema de tolerância, era um problema de injustiça económica, legalidade, ética..
Por que é que traduzimos o racismo em problema de tolerância? A resposta é clara: pq algo aconteceu com a chamada era pós-ideológica ou pós-política. Todos os problemas são formulados como culturais e não como políticos."
"É preciso repolitizar. Se não repolitizarmos a economia aproximamo-nos da catástrofe."
"Ninguém pergunta se há uma alternativa à democracia parlamentar, uma alternativa ao capitalismo."
"A bela metáfora do novo proletário seria o filme "Matrix", cujas personagens vivem a situação de manipulação total. É mais do que nunca actual a noção marxista de fetichismo da mercadoria.
O paradoxo do fetichismo da mercadoria é que a ilusão da realidade está no que fazes, não no que pensas. A ideologia funciona, cada vez mais, não no que pensas mas no que fazes."
"Há hoje em dia 2 modelos em competição: o capitalismo liberal e a China ou os valores asiáticos. Eu não quero viver num mundo onde estas são as únicas escolhas. Temos necessidade de alternativa."
Temos necessidade de alternativa!
Foi bom ler isto! Sinto-me menos sozinha nas minhas reflexões :)
pontas de cigarro por todo o lado...
Não sei como é nas outras cidades, mas Lisboa está cheia de beatas no chão.
Desde que apareceu a lei que proibe fumar em recintos fechados, as pessoas passaram a fumar ao ar livre, enquanto andam, ou quando, estando num café ou restaurante, vêm cá fora fumar.
Alguns destes espaços colocaram grandes cinzeiros à porta, outros não. Tenho visto, por todo o lado, montinhos de beatas que fazem lembrar aqueles "caramelos" que se lembravam de despejar o cinzeiro do carro para o chão.
As sargetas passaram a servir de cinzeiros públicos, talvez pq haja quem tenha algum pudor em sujar a via pública e julgue menos grave deixar as pontas de cigarro entaladas no gradeamento.
Ninguém se lembra de pensar para onde vão os restos de cigarro quando mergulham na água das sargetas...
Sou fumadora. Não deixei de fumar por causa da lei. Mas não gosto de ver a minha cidade tão estupidamente poluida!
Não seria possivel uma campanha de sensibilização pública? Não poderia a câmara instalar cinzeiros públicos em várias zonas da cidade?
Enqto isso não acontece, pela minha parte vou guardando beatas e despejando nos caixotes verdes...
Desde que apareceu a lei que proibe fumar em recintos fechados, as pessoas passaram a fumar ao ar livre, enquanto andam, ou quando, estando num café ou restaurante, vêm cá fora fumar.
Alguns destes espaços colocaram grandes cinzeiros à porta, outros não. Tenho visto, por todo o lado, montinhos de beatas que fazem lembrar aqueles "caramelos" que se lembravam de despejar o cinzeiro do carro para o chão.
As sargetas passaram a servir de cinzeiros públicos, talvez pq haja quem tenha algum pudor em sujar a via pública e julgue menos grave deixar as pontas de cigarro entaladas no gradeamento.
Ninguém se lembra de pensar para onde vão os restos de cigarro quando mergulham na água das sargetas...
Sou fumadora. Não deixei de fumar por causa da lei. Mas não gosto de ver a minha cidade tão estupidamente poluida!
Não seria possivel uma campanha de sensibilização pública? Não poderia a câmara instalar cinzeiros públicos em várias zonas da cidade?
Enqto isso não acontece, pela minha parte vou guardando beatas e despejando nos caixotes verdes...
quinta-feira, 17 de julho de 2008
"A minha pátria é a língua portuguesa" - F.Pessoa
A C.P.L.P. ( Comunidade de povos de língua portuguesa) é uma organização com princípios diferentes das outras comunidades existentes de países ex-colonizadores e ex-colonizados. Na Commonswealth ou na Comunidade Francófona, o país-mãe tem hegemonia sobre os outros.
Na de língua portuguesa, o modelo baseia-se em valores como a igualdade, fraternidade e solidariedade entre os 8 países que a compõem. Em termos práticos isto resulta em coisas tão simples qto isto: qualquer cidadão de um destes países que se encontre o estrangeiro pode recorrer às embaixadas de um dos outros, caso não haja representação do seu.
O peso de cada país em decisões da comunidade é igual, trate-se de um país pequenissimo como S.Tomé e Príncipe ou do gigantesco Brasil.
Imginemos que este era o modelo seguido pela União Europeia!!
Todos os países ratificariam a constituição, não é verdade?
Enfim, mais uma "ideia a difundir pelo mundo" ( Agostinho da Silva)
Na de língua portuguesa, o modelo baseia-se em valores como a igualdade, fraternidade e solidariedade entre os 8 países que a compõem. Em termos práticos isto resulta em coisas tão simples qto isto: qualquer cidadão de um destes países que se encontre o estrangeiro pode recorrer às embaixadas de um dos outros, caso não haja representação do seu.
O peso de cada país em decisões da comunidade é igual, trate-se de um país pequenissimo como S.Tomé e Príncipe ou do gigantesco Brasil.
Imginemos que este era o modelo seguido pela União Europeia!!
Todos os países ratificariam a constituição, não é verdade?
Enfim, mais uma "ideia a difundir pelo mundo" ( Agostinho da Silva)
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Artur Anselmo
Há dias ouvi o Prof. Artur Anselmo a falar sobre o "Homem português". Gostei do seu discurso diferente, politicamente incorrecto, sem aquela necessidade que temos de parecer coerentes, compensar defeitos com qualidades. Ia fluindo, era um discurso simples, próprio das pessoas que, depois de muito estudarem e reflectirem, conversam como se estivessem num café com amigos.
Fez-me lembrar o Agostinho da Silva...
Em resposta a uma pergunta sobre o "Rigor dos portugueses", respondeu: "Os portugueses odeiam o rigor. Não têm paciência para coisas que dêm muito trabalho. Sempre foi assim".
"Já o improviso é uma arte dos portugueses. Se for preciso, desenrascam uma coisa de um dia para o outro."
Na altura, ri-me. Isto é tão verdadeiro que existe, em maior ou menor escala, em todos nós.
Há sempre alguma área da vida em que "aldrabamos" alguma coisa, marimbando no rigor e querendo apenas ver a dita coisa feita. Nem que seja a cozinhar ou limpar o pó :)
Basta andar pela estrada para perceber o comportamento do português. Só se não puder é que não passa um sinal vermelho acabadinho de cair...
Quando estive na Alemanha, estranhei algumas diferenças. Se um encontro era marcado para as 8 horas, as pessoas não chegavam às 8.05 e muito menos às 8.15...
Se queria apanhar um autocarro, bastava-me ter o horário, e à hora certa ele estava a passar...
Eu não chamaria a esta nossa falta de rigor defeito ( embora às vezes se torne insuportável), mas antes feitio :)
Fez-me lembrar o Agostinho da Silva...
Em resposta a uma pergunta sobre o "Rigor dos portugueses", respondeu: "Os portugueses odeiam o rigor. Não têm paciência para coisas que dêm muito trabalho. Sempre foi assim".
"Já o improviso é uma arte dos portugueses. Se for preciso, desenrascam uma coisa de um dia para o outro."
Na altura, ri-me. Isto é tão verdadeiro que existe, em maior ou menor escala, em todos nós.
Há sempre alguma área da vida em que "aldrabamos" alguma coisa, marimbando no rigor e querendo apenas ver a dita coisa feita. Nem que seja a cozinhar ou limpar o pó :)
Basta andar pela estrada para perceber o comportamento do português. Só se não puder é que não passa um sinal vermelho acabadinho de cair...
Quando estive na Alemanha, estranhei algumas diferenças. Se um encontro era marcado para as 8 horas, as pessoas não chegavam às 8.05 e muito menos às 8.15...
Se queria apanhar um autocarro, bastava-me ter o horário, e à hora certa ele estava a passar...
Eu não chamaria a esta nossa falta de rigor defeito ( embora às vezes se torne insuportável), mas antes feitio :)
terça-feira, 15 de julho de 2008
Quinta da Fonte
Quem, como eu, trabalha em bairros destes, sabe uma coisa: ciganos e africanos não se misturam, são água e azeite, ou pior: a reacção é explosiva!
Que o alojamento de famílias que anteriormente viviam espalhadas pelas barracas das zonas limítrofes da cidade foi feito sem qualquer planeamento, já se sabia. Já assisti a lutas entre gangues rivais, dentro e fora da escola ( mais fora do que dentro).
O que eu desconhecia é que havia um bairro enorme - a Quinta da Fonte - onde tinham sido despejadas famílias das duas etnias. Que diabo! Qualquer assistente social sabe do perigo que isso constitui!
Sem querer generalizar, e baseando-me apenas na experiência de alguns anos em bairros destes, posso afirmar que a maioria das pessoas de etnia cigana é muito mais violenta do que a maioria dos africanos. São vingativos! São racistas: para eles um africano é: um preto! E não gostam de pretos!
No bairro onde dou aulas, brancos e pretos convivem sem problemas, namoram-se, são amigos. Pertencem à mesma classe social e, por isso, não há preconceitos.
Há poucos ciganos ali, mas na escola ao lado há muitos e os desacatos são permanentes: agressões, armas, a família toda a entrar pela escola para fazer "justiça pelas próprias mãos" quando algum se queixa.
Custa-me generalizar, até porque todos temos aquela ideia romântica de um povo nómada, que festeja casamentos de 3 dias e dança músicas bonitas.
Sim, mas os mais pobres, os que vivem nestes bairros, são, muitos deles, traficantes de droga e de armas.
Os africanos da Quinta da Fonte contam que os ciganos os receberam muito mal, corriam com eles e lhes apontavam pistolas à cabeça. Agora chegou a vingança. Não os deixam voltar!
Como dizia uma colega minha: "é a 1ª vez que ciganos perdem uma luta. Todos têm medo deles!"
Pobres das crianças de um lado e de outro que vivem no meio desta guerra!
Estupidez de quem pensou que bastava terem casa para ficarem calmos. E os abandonou ao seu destino...
Que o alojamento de famílias que anteriormente viviam espalhadas pelas barracas das zonas limítrofes da cidade foi feito sem qualquer planeamento, já se sabia. Já assisti a lutas entre gangues rivais, dentro e fora da escola ( mais fora do que dentro).
O que eu desconhecia é que havia um bairro enorme - a Quinta da Fonte - onde tinham sido despejadas famílias das duas etnias. Que diabo! Qualquer assistente social sabe do perigo que isso constitui!
Sem querer generalizar, e baseando-me apenas na experiência de alguns anos em bairros destes, posso afirmar que a maioria das pessoas de etnia cigana é muito mais violenta do que a maioria dos africanos. São vingativos! São racistas: para eles um africano é: um preto! E não gostam de pretos!
No bairro onde dou aulas, brancos e pretos convivem sem problemas, namoram-se, são amigos. Pertencem à mesma classe social e, por isso, não há preconceitos.
Há poucos ciganos ali, mas na escola ao lado há muitos e os desacatos são permanentes: agressões, armas, a família toda a entrar pela escola para fazer "justiça pelas próprias mãos" quando algum se queixa.
Custa-me generalizar, até porque todos temos aquela ideia romântica de um povo nómada, que festeja casamentos de 3 dias e dança músicas bonitas.
Sim, mas os mais pobres, os que vivem nestes bairros, são, muitos deles, traficantes de droga e de armas.
Os africanos da Quinta da Fonte contam que os ciganos os receberam muito mal, corriam com eles e lhes apontavam pistolas à cabeça. Agora chegou a vingança. Não os deixam voltar!
Como dizia uma colega minha: "é a 1ª vez que ciganos perdem uma luta. Todos têm medo deles!"
Pobres das crianças de um lado e de outro que vivem no meio desta guerra!
Estupidez de quem pensou que bastava terem casa para ficarem calmos. E os abandonou ao seu destino...
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Ideias e Ideais
Concordo com isto:
"As ideias, os ideais, são estruturantes do ser. Mas é também à volta deles que se constroem as identidades dos povos, os sentimentos de pertença a uma comunidade, a uma nação. Sem ideias ou ideais corremos o risco de nos esboroarmos enquanto grupo."
Isabel Leal
"As ideias, os ideais, são estruturantes do ser. Mas é também à volta deles que se constroem as identidades dos povos, os sentimentos de pertença a uma comunidade, a uma nação. Sem ideias ou ideais corremos o risco de nos esboroarmos enquanto grupo."
Isabel Leal
domingo, 13 de julho de 2008
Boas notícias IV
Bactérias podem ser solução para problemas de energia:
Investigadores do Instituto de Biodesign defendem, na revista Nature Reviews Microbiology, que as bactérias são a nossa melhor esperança para a produção de energias renováveis em grandes quantidades sem danificar o ambiente ou interferir com a nossa necessidade de alimentos.
Os microorganismos conseguem crescer numa grande variedade de ambientes e é essa capacidade que poderá trazer a solução para os problemas energéticos.
Por um lado, os cientistas estão a trabalhar no uso de bactérias para converter a biomassa em energia utilizável - os microorganismos podem crescer sem oxigénio tranformando a biomassa em metano, hidrogénio ou electricidade. Por outro lado, as bactérias podem capturar a luz do sol para produzir mais biomassa que pode ser transformada em combustível líquido, como o biodiesel.
Investigadores do Instituto de Biodesign defendem, na revista Nature Reviews Microbiology, que as bactérias são a nossa melhor esperança para a produção de energias renováveis em grandes quantidades sem danificar o ambiente ou interferir com a nossa necessidade de alimentos.
Os microorganismos conseguem crescer numa grande variedade de ambientes e é essa capacidade que poderá trazer a solução para os problemas energéticos.
Por um lado, os cientistas estão a trabalhar no uso de bactérias para converter a biomassa em energia utilizável - os microorganismos podem crescer sem oxigénio tranformando a biomassa em metano, hidrogénio ou electricidade. Por outro lado, as bactérias podem capturar a luz do sol para produzir mais biomassa que pode ser transformada em combustível líquido, como o biodiesel.
Boas notícias III
Na opinião de António Campos, ex-eurodeputado e hoje agricultor de sucesso, já se nota em Portugal um movimento de regreso à terra, "tal como em outros países europeus, sobretudo por parte de jovens bem qualificados." Para tal, têm contribuido alguns instrumentos de incentivo.
Mostra-se muito preocupado com a actual subida dos preços dos alimentos e considera "criminoso" que haja terras ao abandono no nosso país. Por isso, o ex- eurodeputado entende que "o estado devia incentivar os jovens que saem das escolas agrícolas a criarem as suas empresas, por exemplo, disponibilizando os 50 mil hectares que possui e arrendando-os a preços razoáveis."
Não posso estar mais de acordo!
Muito tenho pensado no que acontecerá quando morrerem as últimas pessoas que vivem da agricultura...
Custa-me a aceitar que haja terras abandonadas e seja mais barato importar produtos agrícolas do que consumir os nossos...
Mostra-se muito preocupado com a actual subida dos preços dos alimentos e considera "criminoso" que haja terras ao abandono no nosso país. Por isso, o ex- eurodeputado entende que "o estado devia incentivar os jovens que saem das escolas agrícolas a criarem as suas empresas, por exemplo, disponibilizando os 50 mil hectares que possui e arrendando-os a preços razoáveis."
Não posso estar mais de acordo!
Muito tenho pensado no que acontecerá quando morrerem as últimas pessoas que vivem da agricultura...
Custa-me a aceitar que haja terras abandonadas e seja mais barato importar produtos agrícolas do que consumir os nossos...
Boas notícias II
Avião 100% ecológico:
"A Boeing colocou este ano no ar um protótipo de avião que funciona com recurso a pilhas alimentadas por hidrogéneo. Trata-se do 1º avião ecológico inspirado no design dos planadores sem motor. A Boeing prevê ter esta tecnologia suficientemente evoluida nos próximos 10 anos:"
"As pilhas do combustível usam um processo químico ( electrólise) que aproveita o hidrogénio gasoso ( H2) para produzir electricidade e calor. O protótipo de avião eléctrico da Boeing não recorre a derivados de petróleo e os seus motores, por serem eléctricos, quase não fazem ruído."
"A Boeing colocou este ano no ar um protótipo de avião que funciona com recurso a pilhas alimentadas por hidrogéneo. Trata-se do 1º avião ecológico inspirado no design dos planadores sem motor. A Boeing prevê ter esta tecnologia suficientemente evoluida nos próximos 10 anos:"
"As pilhas do combustível usam um processo químico ( electrólise) que aproveita o hidrogénio gasoso ( H2) para produzir electricidade e calor. O protótipo de avião eléctrico da Boeing não recorre a derivados de petróleo e os seus motores, por serem eléctricos, quase não fazem ruído."
Boas notícias I
Que existe uma crise económica, social , de valores ...todos sabemos! Que as crises aguçam a imaginação também: há que encontrar "saídas". Que o mundo é feito de mudanças, já dizia o Camões. Que às vezes é preciso dar dois passos atrás para conseguir dar um em frente, disse o Lenine ( quando ainda era jovem...).
Ao ver telejornais, fica-se , por vezes, angustiado. Quase não há noticias boas...o mundo parece um lugar assustador.
Quando leio o jornal, procuro aquelas notícias pequenas que não fazem 1ª página mas que nos vão alimentando a esperança de que haja gente a fazer coisas dignas de admiração, que o mundo não caminhe num só sentido ( o da destruição), mas haja focos de inteligência e humanidade.
Da leitura do D.N. de hoje, destaco:
Hospital anestesia com acupunctura
O Hospital S.Luís, em Lisboa, aplica, há 2 anos, a técnica de acupunctura em intervenções cirúrgicas, o que permite ao doente não sentir dores nem ter alergias, naúseas ou a má-disposição que as anestesias locais e gerais podem provocar.
A anestesia praticada neste hospital consiste numa electroacupunctura, que introduz agulhas ligadas à corrente eléctrica em determinados pontos das pernas para bloquear os nervos e produzir uma sensação anestésica e analgésica.
Penso que não haverá efeitos secundários nesta prática...
Ao ver telejornais, fica-se , por vezes, angustiado. Quase não há noticias boas...o mundo parece um lugar assustador.
Quando leio o jornal, procuro aquelas notícias pequenas que não fazem 1ª página mas que nos vão alimentando a esperança de que haja gente a fazer coisas dignas de admiração, que o mundo não caminhe num só sentido ( o da destruição), mas haja focos de inteligência e humanidade.
Da leitura do D.N. de hoje, destaco:
Hospital anestesia com acupunctura
O Hospital S.Luís, em Lisboa, aplica, há 2 anos, a técnica de acupunctura em intervenções cirúrgicas, o que permite ao doente não sentir dores nem ter alergias, naúseas ou a má-disposição que as anestesias locais e gerais podem provocar.
A anestesia praticada neste hospital consiste numa electroacupunctura, que introduz agulhas ligadas à corrente eléctrica em determinados pontos das pernas para bloquear os nervos e produzir uma sensação anestésica e analgésica.
Penso que não haverá efeitos secundários nesta prática...
sábado, 12 de julho de 2008
A ausência é um estar em mim...
Li este poema no Und3rblog. Pedi-o "emprestado"...
Penso que estas palavras fazem eco em muitos de nós... aqueles que apreciam momentos de solidão...
De Carlos Drummond de Andrade:
Ausência
...não há falta na ausência.
a ausência é um estar em mim
e sinto-a branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços, que rio
e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Penso que estas palavras fazem eco em muitos de nós... aqueles que apreciam momentos de solidão...
De Carlos Drummond de Andrade:
Ausência
...não há falta na ausência.
a ausência é um estar em mim
e sinto-a branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços, que rio
e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
A receita" Robin Wood"
Quando há dias ouvi os lideres europeus falarem em "Receita Robin Wood" , pensei: será possível que tenham tido ( acho que foi o Putin) um ideia tão luminosa?
Ainda me lembro de , há uns bons anos, ver escrito por essa cidade o slogan: "os ricos que paguem a crise".
Ficou no ouvido. Pela simplicidade. Pela aparente facilidade de usar medidas socialmente mais justas.
Depois, fui percebendo que com os ricos ninguém se mete, porque os políticos precisam deles.
Até que chega a ideia "Robin Wood".
Na altura, sócrates disse que o assunto iria ser pensado.
Hoje li no jornal:
"O negócio " Robin dos Bosques" é simples. Sobre os 400 milhões de euros em lucros extraordinários previstos pela Galp, o Governo taxa 25%. Recolhe assim 110 milhões de euros e financia o "pacote social" de emergência, para combater os efeitos sobre as famílias dos aumentos do preço do dinheiro ( taxas de juro), petróleo e alimentos básicos. Para apoiar as famílias, vai haver alterações no IRS, no IMI, financiamento de passes escolares e alargamento da acção social escolar no ensino básico e secundário."
Finalmente uma medida inteligente!
Ainda me lembro de , há uns bons anos, ver escrito por essa cidade o slogan: "os ricos que paguem a crise".
Ficou no ouvido. Pela simplicidade. Pela aparente facilidade de usar medidas socialmente mais justas.
Depois, fui percebendo que com os ricos ninguém se mete, porque os políticos precisam deles.
Até que chega a ideia "Robin Wood".
Na altura, sócrates disse que o assunto iria ser pensado.
Hoje li no jornal:
"O negócio " Robin dos Bosques" é simples. Sobre os 400 milhões de euros em lucros extraordinários previstos pela Galp, o Governo taxa 25%. Recolhe assim 110 milhões de euros e financia o "pacote social" de emergência, para combater os efeitos sobre as famílias dos aumentos do preço do dinheiro ( taxas de juro), petróleo e alimentos básicos. Para apoiar as famílias, vai haver alterações no IRS, no IMI, financiamento de passes escolares e alargamento da acção social escolar no ensino básico e secundário."
Finalmente uma medida inteligente!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
A intuição
Vivemos uma época de mudança. O racionalismo que dominou o nosso pensamento desde o Século das luzes começa a ser posto em causa por investigadores de várias áreas. A razão, só por si, não explica toda a complexidade das pessoas e do universo. Em vez do regresso ao obscurantismo religioso e infudamentado e às superstições e outras crenças, começam a cruzar-se estudos de várias ciências que parecem enriquecer-se mutuamente... e talvez comece uma nova era do pensamemto...
O texto que se segue foi-me enviado por email pela ZIB, e é retirado de uma entrevista ao psicólogo alemão Gerg Giegerenzer, a respeito do seu livro: "Se não seguisses a intuição, estarias paralisado" ( tradução livre...)
"A intuição é a inteligência do inconsciente. É uma inteligência sem pensamento consciente. Sem ela estaríamos paralisados e impossibilitados de tomar qualquer decisão."
"Uma decisão 100% racional implicaria pesar inúmeros factores, prevenir todas as consequências, medir todos os custos e benefícios, cruzar friamente milhares de variáveis."
"As minhas investigações revelam que pessoas com altos cargos executivos tomam as suas decisões de modo intuitivo. E revestem-nas de informações de consultoria, dados de assessores, elementos que façam parecer que são decisões racionais."
A intuição era valorizada na Antiguidade: estava vinculada à "inspiração celestial". Quando se enfatizou o raciocínio, a intuição perdeu credibilidade."
"Hoje em dia começa a compreender-se melhor que se trata de uma capacidade humana muito valiosa, uma ferramenta muito poderosa que deve associar-se à razão."
"A intuição, por exemplo, sabe ler num rosto e extrair conclusões instantâneas que a razão não chega a alcançar:"
Confiemos, pois, na nossa intuição! :)
O texto que se segue foi-me enviado por email pela ZIB, e é retirado de uma entrevista ao psicólogo alemão Gerg Giegerenzer, a respeito do seu livro: "Se não seguisses a intuição, estarias paralisado" ( tradução livre...)
"A intuição é a inteligência do inconsciente. É uma inteligência sem pensamento consciente. Sem ela estaríamos paralisados e impossibilitados de tomar qualquer decisão."
"Uma decisão 100% racional implicaria pesar inúmeros factores, prevenir todas as consequências, medir todos os custos e benefícios, cruzar friamente milhares de variáveis."
"As minhas investigações revelam que pessoas com altos cargos executivos tomam as suas decisões de modo intuitivo. E revestem-nas de informações de consultoria, dados de assessores, elementos que façam parecer que são decisões racionais."
A intuição era valorizada na Antiguidade: estava vinculada à "inspiração celestial". Quando se enfatizou o raciocínio, a intuição perdeu credibilidade."
"Hoje em dia começa a compreender-se melhor que se trata de uma capacidade humana muito valiosa, uma ferramenta muito poderosa que deve associar-se à razão."
"A intuição, por exemplo, sabe ler num rosto e extrair conclusões instantâneas que a razão não chega a alcançar:"
Confiemos, pois, na nossa intuição! :)
Trufas e caviar em jantares da cimeira do G8 sobre a fome
Anfitriões japoneses servem jantares de 300 euros por pessoa, enquanto falam da escassez de alimentos nos países mais pobres e da subida do preço de bens alimentares nos países desenvolvidos...
O que falta aqui? Será pudor? Será bom-senso?
O que falta aqui? Será pudor? Será bom-senso?
Dos casais...
Sou uma observadora da vida, de vidas ( da minha, da dos outros...). A complexidade humana fascina-me. Gosto de compreender. Gosto de pessoas! É um assunto inesgotável. Todos diferentes, todos iguais! Leva-se uma vida inteira a tentar entender cada "universo humano" ( e o nosso próprio).
O casal é uma "entidade" intrigante. Que factores levam a que alguns casais se mantenham juntos durante décadas e outros simplesmente se desfaçam com o tempo. Destes, alguns reconstroem outra "entidade", outro "nós" , e vivem novamente em casal, outros não.
Acho espantoso conhecer pessoas de 50 anos que estão juntas desde os 18. Como é esse crescimento? De mãos dadas?
A propósito deste tema, li um texto da Psicóloga Isabel Leal que achei interessante.
Transcreverei algumas partes:
"Os casais, quer dizer, as pessoas que estão na vida juntas, ligadas por um vínculo a que chamamos amoroso, são tão diferentes entre si como o são os próprios indivíduos."
"Estar em casal, pertencer a esse agrupamento tão particular, significa, em 1º lugar, que se selecciona uns tantos aspectos da personalidade, de forma de ser e de viver, para promover e facilitar a relação com o outro. Pelo caminho e a partir desta escolha, quase sempre inconsciente, deixa-se ficar aspectos que parecem de somenos, deixa-se cair estilos de vida que antes se valorizou . A viabilidade de tantas relações passa tanto pelo que se consegue perder e pôr de parte, como pelo que se conquista de novo e de diferente na interacção com o outro."
"Uma relação de qualquer tipo e, por maioria de razões, uma relação afectiva, que implique proximidades e intimidades, cria assim uma entidade nova."
"Exactamente porque a relação é uma outra entidade, em que se dilui ou reforça aquilo que cada um dos intervenientes é em si mesmo, é que não é possivel alimentar e defender a ideia que as relações falham ou terminam por causa de um acontecimento, das características ou comportamentos de responsabilidade de apenas um dos elementos do casal."
O casal é uma "entidade" intrigante. Que factores levam a que alguns casais se mantenham juntos durante décadas e outros simplesmente se desfaçam com o tempo. Destes, alguns reconstroem outra "entidade", outro "nós" , e vivem novamente em casal, outros não.
Acho espantoso conhecer pessoas de 50 anos que estão juntas desde os 18. Como é esse crescimento? De mãos dadas?
A propósito deste tema, li um texto da Psicóloga Isabel Leal que achei interessante.
Transcreverei algumas partes:
"Os casais, quer dizer, as pessoas que estão na vida juntas, ligadas por um vínculo a que chamamos amoroso, são tão diferentes entre si como o são os próprios indivíduos."
"Estar em casal, pertencer a esse agrupamento tão particular, significa, em 1º lugar, que se selecciona uns tantos aspectos da personalidade, de forma de ser e de viver, para promover e facilitar a relação com o outro. Pelo caminho e a partir desta escolha, quase sempre inconsciente, deixa-se ficar aspectos que parecem de somenos, deixa-se cair estilos de vida que antes se valorizou . A viabilidade de tantas relações passa tanto pelo que se consegue perder e pôr de parte, como pelo que se conquista de novo e de diferente na interacção com o outro."
"Uma relação de qualquer tipo e, por maioria de razões, uma relação afectiva, que implique proximidades e intimidades, cria assim uma entidade nova."
"Exactamente porque a relação é uma outra entidade, em que se dilui ou reforça aquilo que cada um dos intervenientes é em si mesmo, é que não é possivel alimentar e defender a ideia que as relações falham ou terminam por causa de um acontecimento, das características ou comportamentos de responsabilidade de apenas um dos elementos do casal."
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Os olhos de Ingrid Betancourt
Quando vi a imagem da Ingrid em cativeiro, julguei que estava no seu limite. Escondia o olhar, talvez por saber que os seus olhos revelam tudo e o mundo não estivesse preparado para os ler.
Agora, sempre que a vejo, a falar ou a escutar as homenagens que lhe têm sido feitas, aquele olhar fascina-me. Torna-a uma mulher, ou antes, uma pessoa, muito bonita!
É um olhar muito vivo, muito brilhante, feliz, esperançado, meigo e forte.
Nada derruba um ser humano com aquela força no olhar!
É uma pessoa muito especial!
Agora, sempre que a vejo, a falar ou a escutar as homenagens que lhe têm sido feitas, aquele olhar fascina-me. Torna-a uma mulher, ou antes, uma pessoa, muito bonita!
É um olhar muito vivo, muito brilhante, feliz, esperançado, meigo e forte.
Nada derruba um ser humano com aquela força no olhar!
É uma pessoa muito especial!
terça-feira, 8 de julho de 2008
Gostar
Gosto da brisa das manhãs na primavera
Gosto de ter tempo para saborear o passar do tempo
Gosto de pessoas simples e inteligentes
Gosto do amor dos cães aos donos
Gosto de todas as crianças
Sobretudo das difíceis
Gosto da simpatia das pessoas felizes
Gosto de azul, de todos os tons de azul
Gosto de água, doce ou salgada, calma ou revolta
Gosto de nuvens
Gosto de ver o céu da janela do meu quarto
Gosto de ver as nuvens a desfazer-se
Gosto do sabor e do cheiro das comidas da infância
Gosto da lua cheia quando surge, brutal, no céu escuro
Gsoto da música da adolescência
Gosto de palavras
Sobretudo escritas
Gosto do silêncio dos que vêem e escutam
E do silêncio contemplador
Gsoto dos meus sonhos
Gosto dos meus livros
Gosto do meu blog :)
Gosto de ter tempo para saborear o passar do tempo
Gosto de pessoas simples e inteligentes
Gosto do amor dos cães aos donos
Gosto de todas as crianças
Sobretudo das difíceis
Gosto da simpatia das pessoas felizes
Gosto de azul, de todos os tons de azul
Gosto de água, doce ou salgada, calma ou revolta
Gosto de nuvens
Gosto de ver o céu da janela do meu quarto
Gosto de ver as nuvens a desfazer-se
Gosto do sabor e do cheiro das comidas da infância
Gosto da lua cheia quando surge, brutal, no céu escuro
Gsoto da música da adolescência
Gosto de palavras
Sobretudo escritas
Gosto do silêncio dos que vêem e escutam
E do silêncio contemplador
Gsoto dos meus sonhos
Gosto dos meus livros
Gosto do meu blog :)
domingo, 6 de julho de 2008
A inquietação é criadora
"A inquietação é criadora. Houvesse conforto e segurança e não haveria arte nem ciência.
Não haveria civilização. O amor criou impérios. Colocou a humanidade no caminho das
estrelas. Mostrem-me uma grande descoberta, uma excepcional obra de arte, e eu
mostrar-vos-ei um grande amor em combustão."
Faiza Hayat
Não haveria civilização. O amor criou impérios. Colocou a humanidade no caminho das
estrelas. Mostrem-me uma grande descoberta, uma excepcional obra de arte, e eu
mostrar-vos-ei um grande amor em combustão."
Faiza Hayat
sábado, 5 de julho de 2008
Portugas no seu melhor :)
Fartei-me de rir com a crónica do "comendador" na Única do Expresso.
Falando da história dos tiros ao pavilhão de Portimão onde Sócrates tinha estado, e da hipótese alvitrada de que os tiros tivessem como objectivo assustar o 1º ministro ( que na altura já se encontrava em Albufeira), relata as peripécias dos "malandros" que se dirigiram a Portimão com uma missão prevista, mas que o calor e outros obstáculos fizeram chegar atrasados.
"Para não perderem a viagem, dispararam à mesma os sete tiros que tinham combinado."
"Passadas seis horas, depois de os polícias terem discutido entre si a que força de segurança: PSP, GNR, SIS, PJ, SIEDM pertencia a investigação, 4 agentes chegaram ao local. Três horas depois de terem visto as cápsulas decidiram que tinha havido tiros no local. E foi assim que, dois dias depois, chegaram à conclusão que os disparos queriam assustar Sócrates."
Fez-me isto lembrar o ano passado, aquando do desaparecimento da menina inglesa no Algarve, quando ainda só se falava em rapto, ter ouvido um jornalista num telejornal dizer: "Tudo leva a crer que o raptor não é de nacionalidade portuguesa, uma vez que não deixou qualquer marca/ vestígio.."
Na altura, ri-me e pensei: "pois claro, se fosse um portuga, deixava pelo menos uma beata no chão.." :))
Falando da história dos tiros ao pavilhão de Portimão onde Sócrates tinha estado, e da hipótese alvitrada de que os tiros tivessem como objectivo assustar o 1º ministro ( que na altura já se encontrava em Albufeira), relata as peripécias dos "malandros" que se dirigiram a Portimão com uma missão prevista, mas que o calor e outros obstáculos fizeram chegar atrasados.
"Para não perderem a viagem, dispararam à mesma os sete tiros que tinham combinado."
"Passadas seis horas, depois de os polícias terem discutido entre si a que força de segurança: PSP, GNR, SIS, PJ, SIEDM pertencia a investigação, 4 agentes chegaram ao local. Três horas depois de terem visto as cápsulas decidiram que tinha havido tiros no local. E foi assim que, dois dias depois, chegaram à conclusão que os disparos queriam assustar Sócrates."
Fez-me isto lembrar o ano passado, aquando do desaparecimento da menina inglesa no Algarve, quando ainda só se falava em rapto, ter ouvido um jornalista num telejornal dizer: "Tudo leva a crer que o raptor não é de nacionalidade portuguesa, uma vez que não deixou qualquer marca/ vestígio.."
Na altura, ri-me e pensei: "pois claro, se fosse um portuga, deixava pelo menos uma beata no chão.." :))
sexta-feira, 4 de julho de 2008
A ética dos negócios
Excerto de um livro do filósofo Jean-Pierre Dupuy (1994):
"Perguntaram recentemente a Timon, patrão bem conhecido, se tinha intenção de se meter em política. Respondeu: "A política não me interessa fazer. Compro-a já feita". Não vale a pena correr a gritar escândalo. Em matéria de ética, a moral é má conselheira. O argumento libertário merece, à partida, ser tomado a sério. Se uma troca recíproca satisfaz as duas partes, sem prejudicar quaisquer terceiros, quem é que vai criticar? A lei? Sabe-se que a lei pode ser injusta e que não é imutável. Coço-te as costas e tu fazes-me um favor, deixando-me arranjar um mercado público. A justiça, aqui considerada como justiça das trocas, está automaticamente assegurada pelo consentimento das partes. Como diz o filósofo Robert Nozick: "O socialismo é a proibição de actos capitalistas entre adultos consentuais."
"Cada vez se torna mais claro que, para funcionar, a máquina económica necessita algo mais que do egoismo interessado de cada um. Falata-lhe aquele fluido misterioso cujo nome evoca mais os ardores da religião do que a racionalidade fria do cálculo: a confiança. A linguagem da economia demonstra que o seu fundamento é a fé: confiança, crédito, trust, moeda fiduciária, etc. As crises são, em última análise, apenas um défice de confiança de que sofre a nossa economia."
E continua por aí fora, num discurso algo "irónico" que achei delicioso :)
"Perguntaram recentemente a Timon, patrão bem conhecido, se tinha intenção de se meter em política. Respondeu: "A política não me interessa fazer. Compro-a já feita". Não vale a pena correr a gritar escândalo. Em matéria de ética, a moral é má conselheira. O argumento libertário merece, à partida, ser tomado a sério. Se uma troca recíproca satisfaz as duas partes, sem prejudicar quaisquer terceiros, quem é que vai criticar? A lei? Sabe-se que a lei pode ser injusta e que não é imutável. Coço-te as costas e tu fazes-me um favor, deixando-me arranjar um mercado público. A justiça, aqui considerada como justiça das trocas, está automaticamente assegurada pelo consentimento das partes. Como diz o filósofo Robert Nozick: "O socialismo é a proibição de actos capitalistas entre adultos consentuais."
"Cada vez se torna mais claro que, para funcionar, a máquina económica necessita algo mais que do egoismo interessado de cada um. Falata-lhe aquele fluido misterioso cujo nome evoca mais os ardores da religião do que a racionalidade fria do cálculo: a confiança. A linguagem da economia demonstra que o seu fundamento é a fé: confiança, crédito, trust, moeda fiduciária, etc. As crises são, em última análise, apenas um défice de confiança de que sofre a nossa economia."
E continua por aí fora, num discurso algo "irónico" que achei delicioso :)
terça-feira, 1 de julho de 2008
Visitas...
Tenho visitado outros blogues.
Às vezes esqueço o tempo passar....Tenho visto alguns de uma qualidade surpreendente. Através de uns vou conhecendo outros, e estas visitas a outros "mundos" têm-me deliciado. Há pessoas que escrevem muito bem, há artistas plásticos, designers gráficos excelentes, poetas, conhecedores de música, há de tudo...
O que mais me agada são os textos que vou lendo. Em relação a alguns, tive tanto prazer como se estivesse a ler um livro.
A internet/ versão blogosfera teve este mérito: dar voz a quem gosta de se exprimir.
Muitos escreveriam ( como eu) em folhas soltas e perdidas algures. Agora, soltam a escrita e dão-na a ler a quem quiser...
Isto era impensável há uns anos atrás.
A quantidade e qualidade dos blogs que vou visitando demonstra que há muita criatividade em pessoas comuns...
É muito bom :)
Às vezes esqueço o tempo passar....Tenho visto alguns de uma qualidade surpreendente. Através de uns vou conhecendo outros, e estas visitas a outros "mundos" têm-me deliciado. Há pessoas que escrevem muito bem, há artistas plásticos, designers gráficos excelentes, poetas, conhecedores de música, há de tudo...
O que mais me agada são os textos que vou lendo. Em relação a alguns, tive tanto prazer como se estivesse a ler um livro.
A internet/ versão blogosfera teve este mérito: dar voz a quem gosta de se exprimir.
Muitos escreveriam ( como eu) em folhas soltas e perdidas algures. Agora, soltam a escrita e dão-na a ler a quem quiser...
Isto era impensável há uns anos atrás.
A quantidade e qualidade dos blogs que vou visitando demonstra que há muita criatividade em pessoas comuns...
É muito bom :)
Subscrever:
Mensagens (Atom)