Ondas de criminalidade existem um pouco por todo o lado, mas as causas parecem ser diferentes de país para país.
Em Portugal, quando alguém aponta uma arma tem como objectivo roubar. Podemos encontrar como causas ( e nunca como justificação) a pobreza, o desemprego, o racismo, a droga, etc...enfim, dinheiro...
As razões que levam os finlandeses a matar são, seguramente, outras.
Das duas, uma: ou o ser humano é muito mais complexo do que parece, ou as sociedades que construimos são desumanas. Ou ambas as coisas...
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8 comentários:
De facto, quando olhamos para a finlândia como o exemplo em políticas sociais, em educação, em qualidade de vida assusta ainda mais quando estas coisas que acontecem...
Eu estou inclinado a acreditar que estas coisas acontecem pela facilidade do acesso às armas e pelo efeito de cópia... Tipo, basta um para acender o rastilho... Isso associado à falta de saúde mental dos assassinos é um "belo" cocktail. Mas é só mais uma teoria alternativa àquela mais assustadora que apresentas, de a sociedade que construímos levar a estas coisas...
Custa-me a crer que uma arma "faça" um assassino. Se não tivesse armas em casa, deixava de ter esses instintos?
Como é viver num desses países onde tudo parece resolvido? Precisarão os jovens de confrontar-se com "coisas erradas" para poderem lutar contra elas e sentirem-se úteis?
Haverá muita pressão para cada um ser o melhor de todos?
Como são os laços familiares? E os grupos de pares?
O que leva um jovem a tornar-se um psicopata? E quando não é um caso isolado? O que está de errado nestas sociedades? Crises de valores?
É óbvio que uma arma não faz um assassino... mas quanto maior a facilidade de acesso a armas, maior a facilidade de alguém com estas tendências manifestá-las da maneira mais trágica...
As tuas questões são muito interessantes... Dão que pensar... Será que a não existência de problemas é um problema em si?
Sim, tens razão. Se não houvesse armas "à mão", era mais dificil matar logo 10 de uma vez.
Mas o que me intriga é o que leva estes jovens sem problemas de emprego, sem revoltas sociais a cometerem actos destes?
Uma colega contou-me que leu um estudo sobre o que os jovens pensavam da escola, em vários países. Os finlandeses, que têm uma escola modelo, horários reduzidos, turmas pequenas, apoios vários estavam à frente na lista dos que não gostam da escola. Os alunos portugueses eram dos que mais gostavam da escola :)
Se calhar, o fundamental é mesmo o calor humano! Nisso somos dos melhores :))
A alma humana é um abismo diz Fernando Pessoa num verso...e este verso exprime tudo o que penso sobre o que ocorreu na Finlãndia.Os nossos estudos, as nossas estatísticas revelam só a superfície..
Sim, a alma humana é um abismo...e a insatisfação faz parte de nós...
Desconhecia esses dados... Se os portugueses gostam tanto da escola é pelos grandes professores que temos :)
Obrigada, woody, pela parte que me toca :) . A escola portuguesa é pobre, fria de morte no inverno e insuportavelmente quente no verão. Os horários são péssimos, as aulas infintamente grandes ( 1h e meia cada) e ainda assim, quando chega o início de setembro, já por lá andam todos à espera que comecem as aulas. Falo de miudos que não têm outra distracção além da escola, miúdos que passam os dias em casa nas férias. Mas uma coisa é certa, em geral há por lá mimo e quem é que não gosta de mimo ? :)
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