Quem, como eu, trabalha em bairros destes, sabe uma coisa: ciganos e africanos não se misturam, são água e azeite, ou pior: a reacção é explosiva!
Que o alojamento de famílias que anteriormente viviam espalhadas pelas barracas das zonas limítrofes da cidade foi feito sem qualquer planeamento, já se sabia. Já assisti a lutas entre gangues rivais, dentro e fora da escola ( mais fora do que dentro).
O que eu desconhecia é que havia um bairro enorme - a Quinta da Fonte - onde tinham sido despejadas famílias das duas etnias. Que diabo! Qualquer assistente social sabe do perigo que isso constitui!
Sem querer generalizar, e baseando-me apenas na experiência de alguns anos em bairros destes, posso afirmar que a maioria das pessoas de etnia cigana é muito mais violenta do que a maioria dos africanos. São vingativos! São racistas: para eles um africano é: um preto! E não gostam de pretos!
No bairro onde dou aulas, brancos e pretos convivem sem problemas, namoram-se, são amigos. Pertencem à mesma classe social e, por isso, não há preconceitos.
Há poucos ciganos ali, mas na escola ao lado há muitos e os desacatos são permanentes: agressões, armas, a família toda a entrar pela escola para fazer "justiça pelas próprias mãos" quando algum se queixa.
Custa-me generalizar, até porque todos temos aquela ideia romântica de um povo nómada, que festeja casamentos de 3 dias e dança músicas bonitas.
Sim, mas os mais pobres, os que vivem nestes bairros, são, muitos deles, traficantes de droga e de armas.
Os africanos da Quinta da Fonte contam que os ciganos os receberam muito mal, corriam com eles e lhes apontavam pistolas à cabeça. Agora chegou a vingança. Não os deixam voltar!
Como dizia uma colega minha: "é a 1ª vez que ciganos perdem uma luta. Todos têm medo deles!"
Pobres das crianças de um lado e de outro que vivem no meio desta guerra!
Estupidez de quem pensou que bastava terem casa para ficarem calmos. E os abandonou ao seu destino...
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3 comentários:
O que Reb conta é curioso e abala estereótipos sobre os bons e os maus...os pretos já foram considerados os maus, os terroristas a abater e agora surgem como bonzinhos...os ciganos que têm a tal aura romântica e de quem tenho ouvido curiosas histórias de quem com eles conviveu, surgem agora como maus...Donde se conclui que é tudo relativo, que não devemos ser monolíticos nas nossas apreciações,Mais uma vez a máxima do Ortega e Gasset ...O homem é ele e a sua circunstância...
Sim, o homem é ele e a sua circunstância...
Sempre me fez confusão, muitas coisas me deixam confusa, que alguém se ache o centro do mundo. Nunca percebi como uma comunidade, um povo, uma religião, se pode intitular como pura e a única correcta.
Um povo nómada que não respeita outras culturas, outros povos, é no mínimo um povo condenado à extinção.
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