Estou a ler a biografia de Camille Claudel. Viveu na transição entre o século XIX e o século XX.. Era uma mulher apaixonada pela sua arte: a escultura. Foi contemporânea de Rodin e sua amante. Esculpiu obras tão grandiosas como as dele, chegou a participar em exposições do seu mestre Rodin, sem que o seu nome aparecesse. A glória era para o mestre, que a amava e lhe invejava o talento tão equiparado ao seu.
Deixou esculturas lindíssimas : objectos com alma. Fui pesquisar no google. A "valsa" é impressionante, pelo movimento, pela expressividade dos corpos.
Foi internada por volta dos 40 anos e viveu 30 anos num asilo, de onde escreveu belas cartas ao seu irmão Paul Claudel ( poeta).
A sua loucura era só uma: querer viver de forma diferente das mulheres da sua época, querer dedicar a vida à arte que amava acima de tudo!
Há 100 anos, ser uma mulher com garra era uma guerra: os homens achavam-nas loucas, as mulheres invejavam-nas e todos as desprezavam!
Que sorte que eu tenho por ter nascido mais tarde...
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