domingo, 30 de março de 2008

Escolhe-se?

Um dia, conversando com um amigo sobre as razões que levam umas pessoas a apaixonar-se por outras, fui surpreendida com o seu comentário : "Escolhe-se?"
Segundo ele, tudo começa com um cheiro, um leve toque.
Quando lhe perguntei: "E o resto?", respondeu-me: "O resto adapta-se. Sem o cheiro, não se passa ao resto."

14 comentários:

nelio disse...

é lixado percebermos que somos controlados pela química, no sentido literal e científico do termo, mas é mesmo assim. emissores e receptores químicos que ou são afins, ou nada feito.

idadedapedra disse...

sim, sim, também acho que para a paixão é isso que interessa... mas ao que parece depois deixamos de ser sensíveis a essas moléculas... e depois ou se criou alguma coisa que mantenha a aproximação ou bye bye. E o intervalo de tempo tanto pode ser 2h como 6 meses, talvez isso dependa dos nossos receptores estarem muito activos, muito necessitados :) Mas paixão é instinto, isso já nós sabíamos. Amor é invenção do ser humano :)

reb disse...

Amor é invenção no sentido de construção, isso concordo. Mas o amor vem da paixão, é a maturação da paixão. Como um dia escreveu a maggie: "amor sem paixão, o que é isso?"
Afinal não somos só química, mas penso que ela está presente, embora com menos intensidade, numa relação duradoura. Qdo uma relação acaba, o que foi que se perdeu? Na maioria das vezes foi a química.
E qto a "o amor ser uma invenção do homem", volto a perguntar-te: Pq razão alguns animais acasalam para a vida? E olha que não são tão poucos assim :)

Qto ao cheiro de que falava o meu amigo, eu acrescentaria outras coisas: o sorriso, o olhar, a voz, a timidez, a contenção, a capacidade de atenção: saber ver, saber ouvir....são, para mim, atributos para uma 1ª atracção.
Mas não sosmos todos iguais, pois não?

Tão só, um Pai disse...

Essa coisa do amôr pode vir de muitas maneiras. No meu caso, a mais "contundente" é aquela em que ele se vai instalando, de mansinho. Quando menos o queremos, não estamos e nem queremos estar disponíveis, temos todas as defesas em estado de alerta, ele ri-se, sorrateiramente anuncia-se, "olha, já estou aqui". É isso que me chateia, o descontrolo subtil da coisa. Ora. . .!

reb disse...

Sei bem do que falas :)
Mas, se fizermos um esforço para perceber o que foi que nos fez pôr em marcha esse processo, descobrimos pequenas coisas no outro que, a nossos olhos, são especiais. Há qq coisa de "à 1ª vista" em todos os amores...
Às vezes foi a maneira como inclinou a cabeça ou baixou os olhos, por segundos...

Ana Pessoa disse...

não posso estar mais de acordo!

xxx

A

idadedapedra disse...

Eu acho que quando ele diz "olha eu já estou aqui" já nós sabíamos que ele estava... cá no fundo a gente sabe mas vai tentando dizer que não é nada...
Mas isso é paixão.
Eu de amor não posso falar porque não sei bem o que é... amor no sentido dum amor duradouro, em que a paixão já passou há muito tempo, e as pessoas continuam juntas e a desejarem-se e a terem muito prazer na companhia um do outro. Pronto, nunca me aconteceu, não tenho a culpa, tadinha de mim :)

reb disse...

Nada melhor que um amor serôdio, qdo se viajou por mtos mares e se encontra o tal porto onde apetece atracar :)

Tão só, um Pai disse...

:) olha que o barco, se ficar muito tempo atracado, apodrece.

idadedapedra disse...

navegar é preciso, viver não é preciso...? :)

reb disse...

Ai de quem deixar apodrecer o barco!!!
Pode-se navegar mesmo sem mar...
Sim, navegar é preciso :)

reb disse...

Ainda ninguém respondeu à questão levantada neste post: ESCOLHE-SE? :)

Tão só, um Pai disse...

Então, o que te fugiu? Umas vezes escolhe-se e, outras acontece, sempre dentro de um leque de escolhas possíveis, determinadas ou não por nós. Nada acontece com quem não conhecemos ou interagimos, sendo a definição de interacção muito lata. Ou estavas à espera duma sacrossanta regra científica, que tudo explica? :)

reb disse...

Estava à espera de concluir ou não que, na base da 1ª atracção, existe um factor químico determinante......será?

Seria a contestação da afirmação: "No princípio era o verbo!"
:)