quarta-feira, 25 de junho de 2008

De Eugénio de Andrade...

O que não pode morrer

Diz, diz uma vez mais o que não pode morrer:
a luz, que no sul é inocente
e trepa nos pinheiros;
o trote miúdo das manhãs de junho;
o azul a pique do falcão;
as dunas, com sinais ainda
doutro verão para levar à boca.

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