domingo, 4 de maio de 2008

Mãe, há só uma!

Já aqui falámos de vários tipos de Amor. O que existe entre mães e filhos é talvez o único que ganha consenso: é incondicional e eterno!
Perdoem-me os pais, mas hoje é Dia da mãe, e se se sentirem retratados neste Amor, é porque, para muitos pais , é exactamente a mesma coisa!
Ser mãe não é fácil, ser filho tb não!
Mães e filhos nem sempre são parecidos, mas é nessas diferenças que se aprende a compreender "o outro". Um tão grande Amor a tal obriga!

Mãe é raíz!
De todas as incertezas do universo, há uma certeza que nos tranquiliza: fomos gerados no ventre de uma mulher!
Quando aparecemos neste mundo, foi através dos seus cuidados e amor, que pudemos confiar no desconhecido...
Foram os mimos e os ralhetes que nos ensinaram a encarar a vida...
Foi na nossa 1ª casa que começámos a criar asas para um dia podermos voar pelo mundo...
Pela vida fora, mãe passa a ser retaguarda. É bom ter as costas quentes...

O verdadeiro sentido desta palavra só é assimilado quando passamos a ser mães.
Pelas nossas crias, pelo seu bem-estar, somos capazes de fazer tudo que seja necessário, sem pedirmos nada em troca!

Faz tanto sentido aquela frase: "Quem tem uma mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada..."

21 comentários:

TãoSóUmPai disse...

:) ... como pai, confesso que te acho um nadinha possessiva e chauvinista ... :) ...

... se mãe há só uma, por oposição, insinuas algo sobre número de pais homens? Achas que há muitos, há os que se queira? Mãe há só uma? Qual delas? A biológica, ou a de facto, que pode não ser a primeira? E o que é isso de biológica? Onde fica essa tal "raiz", no caso de uma barriga de aluguer? E no caso de uniões homo entre mulheres, que optam por uma inseminação artifical, qual delas não é a mãe? A que não pariu? Porquê? Mãe há só uma? Amor e carinho e pardais ao ninho? Ninguém prova que os pais homens não tenham, pelo menos, a mesma capacidade de amar, educar e criar as suas crianças. A educação tradicional é que reproduz esse modelo de "quem não tem mãe não tem nada", que é como quem diz, até podes nem ter pai, isso não é o mais importante. Agora, se tiveres um pai mas não uma mãe, então não tens nada. É isto? No mínimo é chocante, porque é assim que as nosssa crianças também são educadas.
Por falar em crianças, e as que são abandonadas ou maltradadas pelas mães, e estão depositadas ou refugiadas em orfanatos, asilos, centros de acolhimento e famílias adoptivas? Mãe há só uma? :) Às vezes, sim e, outras, talvez nem por isso. Cada vez menos, nesta vida, há lugar para o lugar comum :). Lá virá o dia em que as crianças poderão ser geradas sem barriga. Ou não acreditas? :) Serão crianças traumatizadas e desequilibradas? Porquê? O amor de pai também não é só um? Pois, se calhar, talvez não. Ou talvez sim. :)

TãoSóUmPai disse...

:) Se calhar, é isso, amôr de mãe, há só um ... :) assim como o amôr de pai ...:)

Anónimo disse...

Eu acho que tãosóumpai tem a sua razão no caso talvez dele e de alguns como ele, mas creio que a maioria não será assim. O que oiço a toda a hora são mães que se sacrificam pelos filhos em contra ponto com os pais que depois de separados mal veem os filhos e só quase obrigados os levam a sair com eles. Para mim com a minha idade penso que mãe é bastante diferente de pai. Porque será que quando nos magoamos é pela mãe que nós chamamos? Quanto aos meus pais foram optimos, mas sempre entendi melhor o pai que a mãe,no entanto se algo de mal me acontece eu grito pela mãe. Porquê?

JR disse...

Questões mais culturais que outra coisa. É o papel que tradicionalmente estva atribuido à mãe. E porque é que as mães insistem tanto na custódia dos filhos? Será porque é o melhor para eles, ou por uma questão de "propriedade", de poder (esta é só para provocar)?

reb disse...

Xiiiii, o que para aí vai!! :)
A minha intenção era só homenagear as Mães...mas os pais levam isso a mal :)

Qdo me refiro a mãe, refiro-me, claro, a amor de mãe: aquele ser que cuida, mima, orienta. Se não for biológica o amor é menor? Não creio.
No post eu dizia: "Os pais que me perdoem, mas hoje é Dia da mãe!"

Naõ duvido do vosso imenso amor de pai...mas a 19 de março eu ainda não tinha este blog :)

idadedapedra disse...

- Ó filho, traz-me aí duas laranjas pra fazer um sumo
- Mãe, há só uma!

:)))

reb disse...

Eu conhecia era aquela: "mãe há só uma, a da bayer!" :))

JR disse...

Mas vocês andam a roubar-me as ideias ou quê? Ó IP, olha que era maçã e não laranja.

harumi disse...

Sou pai, mas honestamente tenho que reconhecer, que salvo raras excepções, as mães têm laços mais profundos com os filhos do que os pais.
A circunstância de os gerarem dentro de si durante nove meses, dá-lhes uma profundidade na relação incomparavelmente mais forte do que a nós pais, que no que à concepção diz respeito, nos limitamos a fornecer um espermatozóide, que ainda por cima na grande maioria dos casos, resulta de um momento de prazer, distante da imagem de criação de um filho.
Claro que após a gravidez da mulher, ao homem compete acompanhar em pormenor o desenvolvimento da criança. Mas continuo a achar que, não sentir os pontapezinhos interiores, nem viver as transformações físicas inerentes à gravidez, nos coloca, não como espectadores, mas inevitavelmente com uma participação mais leve em todo o processo geracional.

TãoSóUmPai disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
TãoSóUmPai disse...

:):) ... pois, pois, é com essas que elas, as mães nos afastam e, depois, queixam-se que não ajudamos, que trabalhamos muito, nunca estamos em casa, chegamos cansados, só queremos dormir, não brincamos com os putos ... Pois, o estabelecido pelas mulheres é o de as mães, no seu "instinto maternal", satisfazerem melhor as necessidades afectivas e emocionais das nossas crianças. A malta vai na armadilha e ... lixa-se, é preso na sua própria vida e amaldiçoado por ter cão e não ter.
Porque hoje, ter casa (uma mulher quer sempre o melhor
para os filhos, mas também não quer ficar atrás do exigido socialmente pelo seu grupo) para o sonho de família, e assegurar outros serviços de suporte (creches e esses pequenos fait-divers financeiros), obriga um gajo a escravizar-se de noite a noite - de sol a sol até seria uma sorte. As mães ficam felizes por verem os pais subirem profissionalmente e financeiramente, porque isso também lhes dá mais tempo livre, a elas, para o passarem com as crianças. Quando os putos atingem determinada idade, e começam a ter falta de pai, o instinto maternal já não chega e vêm as queixas. Queixam-se, mas nenhuma diz "abranda, podemos viver com menos, arranja outra coisa que te dê mais tempo para os filhos e para mim" ou "agora é a minha vez de ir dar ao litro de noite a noite, de assegurar o rendimento principal para pagar as contas, chegou a tua vez de estares mais com eles e descansares". Não, querem tudo à mesma e mais ainda, devem querer que sejamos todos o Bill Gates, o Steve Jobs, o Richard Branson, ou, e no mínimo, um espírito santo ou o belmiro, com que sonharam no seu sonho de estilo perfeito de vida, alheias ás novas realidades de que não se pode voltar para trás, apenas o se ir ou para a frente, com mais trabalho, e às vezes para o estrangeiro, ou, então, para a rua.

idadedapedra disse...

ó tsup, nã fales assim das mulheres, homim!!! Atão isso é lá coisa que se diga? Atão isso é assim generalizável? Ca raio de mulheres essas que só vêem posição social à frente...
Vivemos em planetas diferentes, mas isso deve ser porque eu sou ET :))))

reb disse...

Realmente, homem, a tua revolta cega-te!!!
Como podes falar assim das mães?!!
São todas assim????

O harumi tem uma ideia totalmente diferente, reparaste?

Tão só, um Pai disse...

:) ... é que eu conheço muita gente assim ... :)

reb disse...

Conheço alguns casais com filhos que se separaram, e o que mais vejo são mães a "conduzir o barco" e pais mais despreoucpados...
Como vês, há de tudo, e não podemos generalizar...

TãoSóUmPai disse...

:) já vi que há reacção ... e espero por mais ... :)

... pois, isto não é ódio, é revolta contra um status quo de "verdades adquiridas", as pseudo-verdades, e lugares comuns. Porque eu constato e vivo muitas realidades. A vossa e partilhada "maioria dos casos", até nem é a minha. Aceitem-no, ou não, mas a guerra pela vida não é apenas o gerar dos filhos, são as guerras em que nos metemos para proteger o que temos em casa, o que temos de mais sagrado, os filhos e a mulher que se ama, porque ninguém se mata a trabalhar pelo prazer de se matar, e ainda por cima sem usufruir aquilo por que nos matamos, em solidão.

Os homens amam os filhos, pá. E tornam-se feras encurraladas por quererem e não poderem. A malta sofre, e não é por não irmos ao médico ou à reunião que o fazemos com indiferença. Nem todas as profissões ou hierarquias são compreensivas, maleáveis ou permissivas. Agora, digam-me se conhecem alguma mãe e mulher que diga "abranda, podemos viver com menos, arranja outra coisa que te dê mais tempo para os filhos e para mim" ou "agora é a minha vez de ir dar ao litro de noite a noite, de assegurar o rendimento principal para pagar as contas, chegou a tua vez de estares mais com eles e descansares". É que, vejam lá o infortúnio, até nem conheço nenhuma. Por acaso, até conheço gente como eu que disse: se a tua saúde não to permitir, não te preocupes, melhor ou pior cá nos arranjamos, porque és o mais importante.
Zib, falas tu de pensões. Deixem-me dizer-vos que conheço gajos que são emocionalmente e totalmente afastados dos filhos (e até isso pode tem as suas e fortes razões), mas também conheço gente que se interroga sobre o porquê de se ver apartado e ainda ter de pagar a separação dos filhos. Há alguma mulher que esteja disposta a isso, chegando ao juiz e dizer, olhe, quero que o pai fique com os filhos, e eu pago uma pensão. Então, porque há-de um pai fazer isso? Mas, de onde lhes vêm, ás mães, a propriedade dos filhos? O que é isto? É que nem sequer a guarda partilhada aceitam. O que acho estranho, quando se queixavam que os filhos não tinham pai, e isso obriga qualquer pai a mudar de rumo. Ah, claro, a estabilidade dum lar e mais coisas dessas, apesar de os miúdos, depois de entrarem na rotina, nem quererem estabilidades dessas. Depois, em muitos casos, exigem pensões que se sabe, de antemão, a serem pagas, não há pai que tenha condições para receber os filhos que, para todos os efeitos, deixaram de ser seus, uma vez que um juiz decretou ser a mãe a decidir o quando e o que fazer com eles. É que nem na escola aceitam a assinatura do pai ou se obrigam a aceitá-lo na audiência dum processo disciplinar. Então, porque o exigem as mães, estas pensões extraordinárias? Zib, o que dizem as tuas estatísticas sobre a qualidade dos abandonos do lar? As estatísticas não têm razões. Falaram de ódio? Até vem a propósito. Digam-me vossas excelências o que vêem de justiça nisto. Pois, é a vida e ... amor maternal ... mas, o de pai, também é único. O da mãe não é o único. E, às vezes, até é permissivo onde nunca o deveria ser. Estão no vosso direito de discordarem mas, salvo raras excepções, que também se aplicam às mães, um filho precisa dos dois, sempre, apesar de ter sido gerado por uma mulher. A menos que achem sermos leopardos ou leões, e não humanos, ou que aos humanos se aplicam as regras daqueles, com meras variações culturais. Só que nem todos o vemos assim e, muito menos, o aceitamos. É que não conheço nenhuma cria de felino que sobreviva, na sua infância, depois da morte da mãe. Conosco, os humanos, quando existe, haverá sempre um pai, separado ou não, que cuida deles.

idadedapedra disse...

Tsup... há alguns casos assim, mas não podes generalizar, rapaz.
Eu não sou exemplo para ninguém e sabes que sou na prática mãe solteira. Mas quando quero sair do país com a minha filha mais nova que ainda é menor, tenho que levar um papel do tribunal a dizer que a miúda está a meu cargo e que o pai está em parte incerta... como vês também há injustiças judiciais para o lado materno.
Comigo passou-se sempre ao contrário do que tu descreves, sempre fui eu quem trabalhou mais, por isso nunca tive oportunidade de dizer a nenhum homem "trabalha menos por favor", hehehehe, até me dá vontade de rir :))))
Tenho vários amigos separados e que têm a guarda conjunta ou lá o que é que isso se chama, que é uma semana com cada um e as despesas de escola e saúde são divididas pelos dois.
Como em tudo na vida, há mentalidades e mentalidades; há pessoas justas e pessoas injustas...
O meu planeta é melhor do que o teu :)

TãoSóUmPai disse...

:):):) ... sabes, eu não generalizo, porque, de facto, na lei as mães ficam com a propriedade dos filhos. E, nos casos que também conheço, os manipulam em culpinhas e culpabilizações, quando não em verdadeiras agressões emocionais, que gerem a seu belo prazer, e à revelia de quem não mora com eles, quiçá para demonstrar ódio, desprezo, ou reafirmarem um poder ou culto ou uma independência individual traumatizadas. Também cometem, à revelia de qualquer lei, todo o tipo tropelias.

Pois, o que digo não é generalizável, não o é em tudo mas, em muitas outras, é-o. São muito, mas muito raros, os casos da guarda partilhada. :) eu até conheço um em ... 15 ou 16 ... e foi-o porque a mãe o quis, ou melhor, exigiu-o.

:) Claro, depois, os injustiçados, reunem-se em grupos com idênticos interesses, de injustiças partilhadas. É por isso que percebemos não sermos nem os únicos, nem tão poucos, e não haverem estatísticas que dêm um mínimo de intuição sobre reverso da medalha. :)

:) E tens razão, de facto és um caso raro, quase ou, senão mesmo, único. :):):)

reb disse...

Sabes, ts1pai, recentemente saiu um livro sobre essa problemática: pais impedidos de ver os filhos pelas mães e que sofrem com essa injustiça.
Mas, mesmo assim, ainda não são a maioria. O que não significa que esses pais, como tu, se sintam injustiçados com uma lei que atribui sempre os filhos às mães.
Como te digo, a minha experiencia, o meu caso incluido, mas mtos outros, não tem nada a ver com o que relatas. Pelo contrario, mesmo qdo casada, eu sempre "exigi" tempo em conjunto com os filhos, e sempre me estive a borrifar para o tal dinheiro extra que rouba tempo de felicidade. Como eu, muitas e muitas mulheres. O sofrimento das mães que conheço é outro: saberem que os filhos sentem saudades do pai e que o pai parece não se aperceber disso.
Houve uma altura em que cheguei a pensar que os pais, ao separarem-se das mães, de certa forma se desligam um pouco dos filhos...como se aquele amor fizesse parte de um conjunto que não conseguem ver separado.
Como professora, encontro muitos miudos carentes de pai e muito revoltados por saberem que o pai se juntou com outra mulher e mima os filhos dela.
Como directora de turma, falo com as mães sobre isso e muitas me dizem que o ex-marido não se importa com os filhos e pedem-me para interceder. Nunca a questão fundamental que alegam é a pensão de alimentos. Simplesmente, elas vivem o dia a dia dos filhos e sabem que eles não estão bem qdo pensam que o pai se desligou afectivamente deles.
Por isso, ts1pai, compreendo a tua dor e revolta, mas ,acredita, embora haja actualmente alguns pais na tua situação ( por isso ter saido esse livro de uma psicologa) há muitas mas muitas mães e filhos com razões de queixa dos pais ausentes...

TãoSóUmPai disse...

Reb,

:) quando souberes o autor e o título do livro, diz-mo :)

:) olha ... deixo aqui, às mães, o que deixei, por SMS à mãe dos meus ... "Parabéns por este dia, e que o seja, sempre, muito feliz :)"

... porque é isso o que, nofundo, os pais querem ... :)

reb disse...

O livro saiu há alguns meses e vem do estudo de uma psicóloga sobre vivencias de pais com filhos depois da separação. Penso que é sobre a angustia de alguns pais a quem as mães dificultam o contacto com os filhos. Não me lembro do nome, li sobre isso num jornal, mas talvez consigas pesquisar na net...