De Eugénio de Andrade:
Sobre a terra
Sei que estou vivo e cresço sobre a terra
Não porque tenha mais poder,
nem mais saber, nem mais haver.
Como lábio que suplica outro lábio,
como pequena e branca chama
de silêncio,
como sopro obscuro do primeiro crepúsculo,
sei que estou vivo, vivo
sobre o teu peito, sobre os teus flancos
e cresço para ti.
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2 comentários:
Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser -
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
(Vaguíssimo retrato - Eugénio de Andrade)
:)
lindooo...
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