terça-feira, 1 de abril de 2008

Os limites da ciência

A ciência é uma das maiores conquistas da humanidade. Talvez o espírito científico sempre tenha existido ( quando o homem descobriu a roda, teve que ir por tentativa erro, até adquirir conhecimento). Foram precisos mtos séculos para o conhecimento se desprender da religião, e aceitar que a terra é redonda e que não é o sol que gira à volta dela. O Galileu teve que desmentir as suas descobertas em tribunal, para que não o matassem..
Hoje em dia, tudo é pretensamente científico e objectivo. E o que não é experimentável e observável, é simplesmente descartado, com o rótulo de supersticioso ou psicológico ou metafísico. No entanto, ainda não há explicação para os mistérios do universo...
Tenho muita admiração pelas pessoas que investigam e vão sempre descobrindo coisas novas....mas continuo a sentir que tb não há explicação para todas as variantes de estados de espírito que experimentamos ao longo da vida, para as intuições, os sonhos, as identificações, as rejeições e tantas outras coisas do psiquismo humano. Procurei algumas respostas na psicologia, e a que mais me agradou foi a teoria psicanalítica ( por se tratar de uma compreensão mto honesta de todos estes sentires)...e tb na astrologia, que, do pouco que sei, se me revelou surpreendente...

10 comentários:

idadedapedra disse...

para mim a ciência virá a explicar isso tudo. e a explicação será tão linda como deus.
Nós ainda só explicamos um quinquagésimo de biionésimo infinitésimamente pequeno do universo. Teria a raça humana que sobreviver ainda uns milhares de anos para explicar deus

JR disse...

Heisenberg (física quântica) dizia que aquilo que dizemos sobre a realidade é o que conseguimos dizer da realidade e não aquilo que ela é em si mesma.
Assim, toda a ciência, todos os nossos conhecimentos, são apenas a nossa forma de ver a realidade e não o que ela mesma é.
Uma teoria científica vale enquanto der explicações para as questões que se lhe colocam. Mas, na medida em que essas explicações colocam novas perguntas, provavelmente, em algum momento, deixará de explicar alguma questão. Surgirá então nova teoria...
Toda a ciência, todo o conhecimento, servem apenas para irmos fazendo de conta que somos importantes. Com Deus, ou sem Deus, colocamo-nos sempre no centro de tudo, como se houvesse um objectivo centrado no humano.
É apenas a nossa necessidade de encontrar um sentido.

reb disse...

Concordo absolutamente, embora tenha que admitir que a ciência nos livrou do obscurantismo, ou seja, foi a forma de conhecimento que o homem descobriu para tentar contornar a sua inevitavel subjectividade. Mas é verdade, novos conhecimentos deitam por terra os antigos, considerados inquestionáveis.

Fez-me este texto pensar numa frase do Freud: "Quando o Pedro me fala do Paulo, fico a saber mais do Pedro do que do Paulo"

idadedapedra disse...

jr: o homem não é o centro de nada, oviamente, isso eu sei.
O universo tá-se bem cagando que acha criancinhas a trabalhar aos 4 anos e gente a morrer de fome. isso eu também acho. No máximo poderá haver alguma libertação de "energia dolorosa" :)
O que eu gostava era de arranjar uma explicação que justificasse que devemos, temos obrigação, de ser bons, de não fazer mal, de evitar eplo menos as grandes injustiças sociais.
Se o homem criou a "maldade" e com isso se destrói e ao planeta, então, quanto mais não seja pela nossa sobrevivência isso devia ser combatido.
Se se conseguisse arranjar uma justificação de que a "maldade" faz mal ao universo, (acho que é isso que dizem os profetas, não é?, é isso que eles tentam transmitir para ver se as pessoas se portam melhorzinho) então talvez fosse mais viável tentar mudar as pessoas.
(PS: maldade está sempre entre aspas porque eu sei que o conceito de bom e mau é muitíssimo relativo:)

reb disse...

Que a maldade e a estupidez fazem mal ao nosso planeta e a nós próprios já tem sido mtas vezes denunciado. O problema é que a maioria das pessoas "gasta uma vida" sem ter consciencia de nada, cumprindo as tarefas da sobrevivencia e usando os tempos livres a passear em centros comerciais e a ver concursos de tv.
Os neurónios atrofiam e são mais objectos do que sujeitos...

reb disse...

o jr podia presentear-nos com a alegoria da caverna. Se o platão tivesse vivido hoje podia referir-se a essas pessoas que "gastam uma vida", como aquelas que se contentam com as sombras :)

TãoSóUmPai disse...

:) A ciência devolve a Deus o que lhe pertence, e lhe foi roubado pelos charlatães: a grandiosidade da vida, da luz e da energia que nos rodeia.

TãoSóUmPai disse...

Acredito que tudo tem a ver com tudo, também com os astros, mas nada é determinado univocamente.

JR disse...

Cavernas?
Mas não estamos todos numa caverna? Uma caverna à medida de cada um? Às vezes partilhada, porque sempre é mais confortável?
O mito da caverna implica uma crença num mundo de verdade e na possibilidade de o alcançar.
Quando nós dizemos que fulano tal está na sua caverna, estamos a colocar-nos num plano superior, de quem está fora dela.
E se este fora, for apenas um outro nível da caverna? E se por fora desta caverna houver outra e mais outra, indefinidamente?
Que nos garante que a nossa verdade é mais verdadeira que a do que vive na caverna?
Se procuras a verdade, é porque não a conheces. Não a conhecendo, se a encontrares, como podes saber que é ela?

reb disse...

Se falamos da caverna é pq temos consciencia dela....a luz exterior já não nos "cega" tanto.
Mas há fases em que, basta espreitarmos para fora da caverna para ficarmos tontos, e fases em que ousamos caminhar sob o sol brilhante, e isso faz-nos constriur janelas na nossa caverna pq já não temos tanto medo da luz...