quarta-feira, 30 de abril de 2008

"Sê plural como o universo!"--- Fernando Pessoa

De um texto de Fernando Pessoa de 1920:

"Sendo nós portugueses, convém saber o que é que somos.
a) adaptabilidade, que no mental dá a instabilidade, e portanto a diversificação do indivíduo dentro de si mesmo. O bom português é várias pessoas.
b) a predominância da emoção sobre a paixão. Somos ternos e pouco intensos, ao contrário dos espanhóis - nossos absolutos contrários - que são apaixonados e frios."

Divaguemos, então sobre a nossa "alma lusitana", e esperemos que a nossa emigrante confirme ou desminta esta comparação entre dois povos vizinhos e tão diferentes ( segundo Fernando Pessoa) :)

17 comentários:

Unknown disse...

Uma achega ao teu texto.
O Agostinho da Silva que defendia que o futuro é "sermos tudo"de todas as maneiras porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma coisa", admirava o povo português
por ser capaz de albergar em si tranquilamente, variadas contradições, o que fazia de nós "Uma ideia a difundir pelo mundo".
No fundo é a mesma ideia do título do FP.
Se o universo é plural nós, portugueses, também o somos e talvez que as nossas contradições sejam a maior riqueza.A tal falta de personalidade de que alguns falam e que levam ao paradoxo de perguntar se temos identidade historica quando somos o povo mais antigo da Europa...Eu fujo a estereotipos quando se fala de povos...será que somos assim tão passivos, não emotivos? em muitas circunstâncias da História não o fomos...e falamos de espanhois...há catalães, bascos, galegos..o que é o espanhol?

reb disse...

O Agostinho da Silva também dizia que "um brasileiro é um português à solta". Talvez nós alberguemos tranquilamente várias contradições e os brasileiros as expandam :)

Quanto a um povo ter uma identidade? Penso que sim, com todas as contradições que uma identidade pode envolver. Sebastianistas umas vezes, ousados noutras, mas sempre um povo pró-pacífico.
Quanto aos espanhois, não sei se há uma identidade nacional ou apenas várias regionais, mas, se andas pelas ruas em qq cidade de espanha, notas que têm uma postura diferente, talvez mais orgulhosa...

Tão só, um Pai disse...

Os outros habitantes da península ibérica têm culturas diferentes da nossa. Não são melnhores ou piores, são diferentes. O orgulho espanhol deriva da sua cultura do orgulhosamente sós e da sua ignorância, no característico desdèm de quem não tem e nem dinheiro tem para comprar. O fascismo e a idiossincrazia rural andaluz ainda governam na cultura espanhola. A pseudo aristocracia e a pseudo nova aristocracia tecnocrata continuam a encher páginas de revistas como a hola. É disso que eles têm orgulho? Bom proveitinho façam dele. No seu ódiozinho de estimação pelos ingleses, só há pouco tempo se vê gente espanhola a falar inglês, em vez daquele espanhol adaptado e arrazoado, de anglicismos ao pontapé. Paradoxalmente, espanha é um povo subserviente e oportunista, que vive de grandes imagens mas, por trás, é um tigrezinho de papel. Apesar de ser muito grande, espanha, enquanto conceito, é ridícula. É um reino federado de regiõezinhas. Até nisso imita os seus arqui-inimigos ingleses. É por esppanha existir que sinto orgulho em ser português. Apesar da nossa pequenês e das vicissitudes, bem grandes, que daí advêm. Para os espanhóis, Portugal é um acidente histórico. Sabem, é isso que me dá orgulho em ser português, ou seja, por não ser espanhol. A malta não gosta de quem nos desdenha, nem de quem vê o resto do mundo como a causa dos seus males. Com os espanhóis é assim, as coisas fazem-se desde que a culpa seja de outro alguém. Nisso, não são um povo honesto.

idadedapedra disse...

Eh pá, ele há povos? Ele há países em que todos são sacanas e outros em que todos são fantásticos?
Ele há governos, isso sim, e esses há uns mais sacanitas do que os outros.
Eu cá adoro este nosso portugal. E tenho essa antipatia histórica pelos espanhóis, nem sei bem porquê, só porque andaram por aqui a bater nos nossos antepassados. Não gosto muito de estar em espanha porque eles são muito barulhentos, falam muito alto :)
De resto não consigo ver os povos como uns maus e outros menos maus. Até os americanos. Ora eu não gosto da sociedade americana, isso é ponto assente. Mas haverá montes de americanos muito boas pessoas. Se sim, porque é que eles elegem bushs? Porque são levados a isso pela máquina publicitáira. Porque os comandam à distância muito eficazmente. Porque lhes dizem que há os maus e os bons e que os maus querem dar cabo dos bons e por isso há que dar cabo deles antes. Porque lhes dão esta sensação de insegurança constantemente, para eles acreditarem que precisam de governos guerreiros.
Acho que isto pouco tem a ver com o tema do fernando pessoa, mas para dizer a verdade já nem me lembro do que dizia o texto :) Vou voltar a ler para não me dispersar muito

idadedapedra disse...

"adaptabilidade, que no mental dá instabilidade"... hum... isto é verdade?
É que eu, nas relações humanas, sou altamente adaptável. Será por isso que sou tão instável???

idadedapedra disse...

como é que se é apaixonado e frio, como o FP descreve os espanhóis.
Então e a paixão não é uma emoção?

Alguém me traduza o FP, que eu tenho dificuldade em o seguir

JR disse...

Nós, somos nós e a nossa circunstância.
Tal como espanhois, ingleses, holandeses, franceses, ou quaisquer outros, somos apenas humanos.
Ontem, tal como hoje, “reagimos”. De vez em quando pode ser que esse reagir leve a agir.
Reagimos e agimos em função de contextos, em função de necessidades.
Povo de brandos costumes? Bastaria ler as atrocidades praticadas pelos portugueses, à época do Vasco da Gama, por essas terras a caminho da India, para se ficar com uma outra idéia da brandura. Ou então episódios da guerra colonial, como um jogo de futebol em que a bola era a cabeça de um “turra” morto antes.
Somo apenas iguaizinhos aos outros e a todos.
Temos uma alma sonhadora? Dada à ternura? Talvez se possa aplicar aqui o titulo de um livro (?) que há muitos anos li: “os maus também amam”
Não há uma alma portuguesa (haverá alma?). Há restos de uma cultura fechada que ao abrir-se ao que vem de fora vai ficando igual aos outros povos que se abrem, esbatendo progressivamente as diferenças. É a globalização cultural.
Mas, ao contrário dos alarmistas anti-globalização, a identidade não se perde com a globalização, porque é interior a nós mesmos. Só a perde quem nunca a teve (e por esta razão também não a perde).

idadedapedra disse...

Todos Somos Plurais :)))))

reb disse...

Não há povos bons e maus, como não há pessoas só boas ou só más ( exceptuamos sempre os psicopatas). No entanto, penso que há caracterisiticas proprias de países mais pequenos, ou de países mais pobres ou de países mais litorais. Há ainda o facto de sermos o país com as fronteiras mais antigas dos países europeus. A identidade constroi-se ao longo dos tempos e é um sentimento de pertença a um grupo ( a nossa família, o nosso país). Tornamo-nos parecidos com os nosso familiares pq crescemos interagindo com eles. Talvez o mesmo se possa dizer de povos e nações.
A raiva aos espanhois é histórica e tenho pena que perdure. São os nosso unicos vizinhos e por isso só com eles temos rivalidade. Provavelmente, os espanhois sentem o mesmo pelos franceses, etc.
Os espanhois são são melhores nem piores do que nós, são diferentes. Aqui falava-se de diferenças e não de juizos de valor.
IP, a adaptabilidade de que fala o F.P. será uma caracteristica nossa? Talvez....se virmos como os portugas se adaptaram bem em todos os cantos do mundo para onde emigraram ( desde os descobrimentos). Se se adaptaram, é pq saão instáveis, acomodam-se a novas realidades.
A colonizãção portuguesa teve com certeza enormes atrocidades, como todas as outras. Mas, não deixa de ser um fenómeno curioso, ver a reacção que angolanos, moçambicanos, timorenses e brasileiros tiveram ao apoiar a selecção portuguesa em 2004!! Alguém imagina os povos colonizados por espanhois ou ingleses a apoiarem as selecções desses países?
Isto seria um bom tema de estudo para sociologos e historiadores.

Qto à paixão poder ser "fria", o Fernando Pessoa dá-nos uma visão diferente daquela a que estamos habituados a ter. Pela minha parte, entendo o que ele diz...mas podemos debater isso :)

JR disse...

A adaptabilidade é uma questão de sobrevivência, não uma característica nossa. O exemplo mais paradigmático parece-me ser a diáspora judaica.
A raiva aos espanhois é um preconceito e talvez tenha a ver com a "história" que nos foi ensinada. Nas zonas fronteiriças não há, de uma forma geral, esse preconceito, nem de um lado nem do outro. Eu nasci a 3 Km da fronteira espanhola.

harumi disse...

Aquilo que nós somos, é produto de uma dialética definida pelo que nós somos enquanto humanos e pela circunstância que em cada momento se nos depara.
Claro que há pessoas boas e más em todo o lado, mas penso ser possivel extrair em momentos históricos concretos, um conjunto de atitudes definidoras das principais características de um povo.
Fomos grandes na descoberta de outras terras e no comércio, há alguns séculos atrás, mas, lentamente fomos perdendo essa consciência de grandeza e após a revolução industrial do início do século passado, esse sentimento agravou-se dando origem ao "Estado Novo" com toda a dose de paternalismo e enaltecimento da pobreza, que a meu ver, foi a machadada final sobre quaisquer sentimentos de enaltecimento lusitano que ainda pudessemos ter.
Mas para mal dos nossos pecados, parece que a coisa ainda não parou de se agravar, e veja-se no presente, em que pertencemos a uma Europa a 27, a forma fácil com que os novos membros desta comunidade nos vão ultrapassando em índices de desenvolvimento e bem-estar.
A história por exemplo de apresentarmos como uma característica positiva, o sermos os campeões da simpatia a receber os estranjeiros, para mim, mais não é, do que a manifestação de inferioridade que psicologicamente sentimos na relação com os outros.

Tão só, um Pai disse...

:) ... mas há mais.

Afinal, espanha deu-nos picasso, dali, gaudi, e muitos, muitos outros. Logo, não só maus ventos ou casamento poderão vir de lá. Espanha também nos deu o juiz Garzon. Por isso, lá, também, existem gajos com eles no sítio. Os espanhóis estão sempre em festa, porque têm, sempre, razões para festejar. São apaixonados e, pelas suas paixões, chegam a ser violentos. Por norma, não são cínicos ou hipócritas. São brutos :) e dizem-nos tudo na cara. Gostam dos alemães, mas não dos ingleses. Para os democratas, os franceses não são de confiança. Coisas da guerra civil. As espanholas são estranhas. Pintam-se que se fartam. Mas dançam bem. Os perfumes espanhóis têm um odôr muito adocicado ... Pffff ... fazem-me lembrar os que existiam, a vulso, nas drogarias. Se calhar, eram lá fabricados :). Os espanhóis são frios a matar. Os portugueses também. Os portugueses, na sua pequenez, são humildes. Adaptam-se às outras culturas porque não vão para conquistar. Em roma, sê romano. Os espanhóis ainda não perceberam que nem todos gostam de ser conquistados, nem de mansinho nem de repente. Mas, até quando perdem, encontram uma vitória algures para festejar. É curioso como, depois de tantas atrocidades, as antigas colónias e a comunidade hispânica nos EUA venerem a pátria mãe, enquanto tal, ou seja, la madre. Só não percebi aquele desaguisado entre o gajo da venezuela e o D. Carlos. :)

Um dia, no âmbito da fase 1 do Euro, tive uma reunião em Madrid no dia da independência portuguesa, o tal da tal de 1640. Quando souberam que trabalhei em dia feriado, perguntaram-se se era feriado religioso. Expliquei-lhes que era o dia da independência. Os espanhóis são curiosos sobre tudo o que não é inglês. Quiseram saber em relação a quem foi a independência. Quando lhos disse, foi um silêncio confrangedor na sala. O alemão que estava a conduzir a reunião ficou lívido. Houve um que se recompôs depressa, e disse-me "então, é bem feito, teres de trabalhar aqui connosco porque ninguém te mandou ser independente". Foi a galhofa. No fim. 3 ou 4 despediram-se calorosamente, dizendo em baixa voz e com um sorriso malandro, "viva a independência". Nâo tenho de explicar de onde vinham, pois não?
Os espanhóis adoram os alemães e estes têm uma paixão desmesurada por eles. Ou melhor, pela sua alegria, pelo sol, pelas praias, pelo clima e ... pelas espanholas. Os alemães perdoam aos espanhóis o que não perdoam nem perdoariam a mais ninguém. Ainda hoje não entendi o porquê.

ZIB disse...

Os espanhóis, os portugueses, os ingleses… são assim, são assado… Como podemos generalizar? Os portugueses, que somos pequeninos, e já diferimos tanto do norte para o sul… E então os espanhóis, que têm que ver os andaluzes com os catalães ou os bascos? E dizemos que os galegos são os mais parecidos connosco, certamente pela proximidade, por estarem geograficamente situados naquele bocadinho que nos deveria pertencer no mapa da Península. Mas sabiam que são os catalães, os que mais longe estão, que mais visitam Portugal e mais investem? Porquê? Penso que porque são os mais instruídos e mais curiosos, e os que têm mais poder de compra, não porque sejam mais parecidos. E porque, por estarem mais perto da Europa, conseguiram ser menos influenciados pelo obscurantismo fascista daquela época. Por isso têm má fama na Espanha profunda que votou o Aznar!

reb disse...

Os catalães sofreram horrores no início do franquismo. Devia ser insuportável terem que abdicar da sua língua!!!

reb disse...

Zib, tu que conheces profundamente os dois países, notas algumas diferenças a nível de atitudes nas coisas básicas da vida? Por exemplo, a forma como és tratada numa loja, ou a forma como conduzem na estrada, ou a maneira como os homens olham ou comentam nas ruas...?
Sei lá, nessas coisas simples que formam as identidades...

ZIB disse...

Retomando o que disse noutro post, é muito difícil generalizar, num país tão multi cultural como Espanha.
Reb, pedes que comente atitudes nas coisas básicas da vida: como os que conheço mais são os catalães, começo por eles: o resto de Espanha chama-os, pejorativamente, “polacos”. Falam uma língua que não entendem e foram a primeira região a ser bombardeada pela aviação franquista no início da guerra civil. A Polónia foi atacada e chacinada pelos alemães pelas mesmas datas. Por isso os catalães são um povo cioso da sua cultura e da sua língua, e não fazem amigos facilmente, embora quando abrem as portas de casa a alguém, é sinal de que os consideram realmente amigos e podem contar com eles para sempre. Os portugueses somos um povo aberto, simpático, acolhedor, logo nos primeiros encontros. Os catalães são fechados, e só conseguem ser simpáticos e acolhedores quando se certificam que podem confiar. Serão mesmo desconfiados? Penso que se pode dizer que sim, mas a verdade é que o grande país de que fazem parte, tem contribuído muito para isso. Em tempos do franquismo temiam-nos por ser uma região rica e auto-suficiente e tinham por governo local uma república democrática. Invejavam-nos por isso. Foram os primeiros a ser bombardeados e o catalão foi vetado durante 50 anos. Os franquistas, quando ouviam dois catalães a falar entre si em catalão, diziam-lhes “hablen cristiano”, quando havia sítios, sobretudo no interior, onde nunca tinham falado outra língua desde que nasceram. Atacaram-nos onde mais lhes doía. Atacaram o seu amor-próprio. Mas o pior é que isso não acabou até hoje. Fazem greves aos produtos catalães, porque elaboraram uns estatutos próprios, que democraticamente conseguiram aprovar no parlamento espanhol. Os bascos também têm uma língua diferente e um grupo terrorista que exige a independência com violência. E o resto dos espanhóis critica a eta, mas aceita o povo basco sem os criticar, porque não os associa com ela. A eta é assim como uma gangrena que ninguém consegue extirpar, que está localizada mas são se expande, porque o resto do corpo está são. Os catalães não têm violência e são criticados por tudo o que fazem. Eu vivo isso aqui com eles todos os dias e lido com essas injustiças. Por isso posso entendê-los. E se me sinto tão bem aqui, é porque sou bem tratada. Sei que me agradecem ter aprendido a falar a língua deles, porque a maioria dos estrangeiros não o faz, já que com o castelhano basta para viver aqui, e não vale a pena esforçar-se. E embora o resto de Espanha diga o contrário, eu sou testemunha de que, se alguém se dirige a um catalão (que normalmente só fala catalão) em castelhano, eles mudam facilmente sem qualquer problema. Embora o ensino, no nível básico, seja em catalão, os alunos estrangeiros ou de outras regiões de Espanha podem pedir aulas em castelhano. Nas universidades, a maioria das aulas é dada em castelhano porque, hoje em dia, há um grande número de estrangeiros bolseiros (Erasmus, etc.) e há vários professores de outras regiões. Aqui há normalidade e não há violência, embora haja pequenos grupos independentistas, sem grande peso. Os catalães são grandes negociadores, e lá vão conseguindo o que querem, sem violência mas com sabedoria, inteligência e iniciativa, mesmo rodeados de críticas. Gosto deste povo. Estou muito bem aqui. Se a saudade não apertasse de vez em quando … seria ideal.
Outras regiões: Madrid, é a Espanha profunda. São governados, localmente, por uma direita saudosa do franquismo, são extrovertidos, ruidosos, fúteis e sentem-se superiores porque são a capital do “império”. E depois não têm mar :-). Nunca conseguiria, pela minha maneira de ser, viver com eles.
Os andaluzes são alegres, simpáticos e cheios de salero. Mas estão todo o dia a cantar e a dançar e trabalhar…. não é muito com eles. Não são uma comunidade muito rica, mas tratam bem os turistas, têm umas praias estupendas, têm o flamengo e são muito acolhedores. Gosto de ir lá de vez em quando, é bom que nos contagiem aquela alegria, mas creio que não poderia viver lá muito tempo.
Os galegos conheço pouco, mas sei que são muitos parecidos connosco, até na língua. Povo de marinheiros como nós, também “cultivam” bastante a saudade, a que chamam “morriña”. Também emigram em grande número e formam “guetos” em toda a parte como nós, preservando a língua, gastronomia e costumes próprios, reúnem-se muito em grandes festas e casam-se normalmente entre eles.
Dos bascos não sei praticamente nada, apenas que são um povo fechado, duro, guerreiro, que falam aquela língua tão difícil. E custa-me imenso percebê-los, porque quando cometei algumas vezes com alguns que não entendo como persiste aquela violência da eta há tantos anos e como vão substituindo tão facilmente, depois de tanta atrocidade, os que caem em mãos da justiça, respondem-me que é porque há que ser basco e viver lá para os entender…. Para mim são um enigma.
E há mais regiões autónomas, Valência, Múrcia, Astúrias, mas essas não têm tantas características próprias que as distingam ou, pelos menos, eu não as conheço.
A Espanha é plural como o universo!

reb disse...

Adorei o teu texto sobre espanha: profundo e esclarecedor!
Compreendo que te sintas bem aí!
Pela história da sua resistencia ao domínio castelhano e pelo que já sofreram defendendo a sua identidade, os catalães merecem o nosso respeito!

Só não entendo como há quem defenda a integração de portugal na Ibéria ( como o saramago, que lá casou com uma espanhola e gostava de casar os dois países)..
O que seria de nós dominados directamnte( pq indirectamente já o somos...) por castela?