Aqui vai uma ideia que me anda a fervilhar na cabeça há algum tempo. Vejamos o que pensam dela:)
O preço dos cereais voltou a aumentar na Europa. Vai aumentar o preço do pão, do arroz, etc.
Ontem, ouvi no telejornal que importamos 85% dos cereais que consumimos.
Pode um país sobreviver sem agricultura?
Sabemos que o nosso interior está deserto a ponto de terem fechado escolas e centros de saúde. Há aldeias onde vivem 2 ou 3 velhinhos. Quando morrerem, acaba o que resta de vida nesses sítios.
A minha ideia é esta:
E se fizesse parte do nosso sistema educativo, um ano cívico após conclusão do 12º ano? ( como existe em Inglaterra, por exemplo). Os jovens iriam, em fornadas, para as terras do interior onde trabalhariam na terra durante 9 meses ( um ano lectivo). A experiência seria controlada por técnicos dessas áreas e não me refiro a trabalhos forçados, mas sim a um ano dedicado ao desenvolvimento da nossa agricultura. Não seria uma tropa nem uma "balda" como penso que foi a experiencia de alfabetização que alguns jovens fizeram no pos-25 de abril.
Esta pode ser considerada uma ideia comunista. Pois eu acho que, nesses países, no meio de mtas coisas erradas, havia algumas ideias inteligentes.
Para o desenvolvimento dos nossos jovens parece-me óptimo: um ano longe dos pais, a viver em comunidade e a sentirem-se úteis ao país, talvez lhes despertasse alguns sentimentos menos egocêntricos :)
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38 comentários:
Todos Somos Utópicamente pueris :))))
Utopia pura...
Então alguém ía querer que os filhos se "atrasassem" um ano nos estudos?
Então os filhos, que vivem numa casa desinfectada até à molécula, vão agora para o meio da terra chafurdar?
Íam todos apresentar atestados médicos de alergia aos pólens de certeza...
Será?
Em inglaterra todos páram um ano. Até os príncipes. É uma questão de sensibilização e mentalização das famílias. Que mal há em parar um ano, se depois de licenciados, a maioria não encontra emprego compatível?
REB, não sei como é nas englandas, acho que os miúdos devem ter uma experiência de trabalho, enquanto estudam, e que devem ganhar por isso. Para lavrar a terra, deveriam ir os de agronomia. Agora, mão-de-obra à borla é que não. De resto, terias que alterar a política agrícola comum. Muitas terras estão paradas porque recebem subsídios para produzirem nestum de cereais.
teste
husfhqfjtesteteste
Pois era preciso que nos impusessemos em bruxelas qto às politicas agrícolas comuns, e não temos força para isso...
Mas se eu fosse 1º ministro, avançava com essa medida :)
Os miudos ganhariam algo de simbólico, pelo menos não tinham que pagar a sua sobrevivencia nessas terras.
Em inglaterra todos vão trabalhar durante esse ano sabático, e não lhes caem os parentes na lama :)
Mas já estou a ver que os pais portugueses não gostam da ideia :)
Aqui há uns anos os rapazes iam para a tropa e os pais até achavam que lhes fazia bem ;)
A tua ideia é gira mas utópica.Hoje em dia a agricultura ºe uma ciência: tem de se saber onde e como cultivar...tem de haver regras...e quem controla a força juvenil, composta por jovens habituados a deambular por centros comerciais e a manejar telemóveis?Os professores?esses não, porque estão em luta contra a ministra...a outros seria preciso pagar e não há verbas...enfim é uma utopia mas que vivam as utopias, que elas fazem girar o mundo.
Lembro-te que este serviço se aplica em países socialistas (julgo eu!) mas num onde a ideologia dominante é o liberalismo económico que converte o mercado num DEUS...mas vivam as utopias!
Ora eu concordo com a ideia! Não é só a estudar que as nossas crianças se fazem adultos. Lembro-me de há uns anos atrás se dizer com alguma regularidade "aquele vê-se logo que não foi à tropa", portanto a tropa era vista como uma espécie de serviço cívico, onde os rapazolas se faziam homens.
Não me parece nada má ideia se esse serviço cívico for prestado por ambos os sexos, e no interior do país em comunidades agrícolas.
Quando íamos à tropa também paravamos de estudar....e ninguém morria por isso.
Recebi o texto do "jr" sobre o Edgar Morin. Está uma delícia!
IP, obrigadão pelo envio do mail com este trabalhinho.
TÉ, conseguiste entrar!!! Parabéns!!!
Ora vejamos, o harumi não se importava que os filhos fossem trabalhar para a terra durante um ano. Eu tb não!
Aliás, acho que lhes faria muitissimo bem! Concordo que não são só os estudos que os tornam adultos. Essa seria uma experiencia muitissimo enriquecedora para os nossos jovens que, como diz a té, parecem não ter grandes objectivos no que diz respeito a "conhecerem o mundo." São pouco curiosos!
Té, talvez seja uma utopia. Não seriam os professores da escola que os iriam ensinar a lavrar a terra. Mas talvez se pudesse dar emprego a pessoas de agronomia que os ensinariam nessas tarefas.
Sabes o que penso? Que, ao contrário do que julgamos, os miúdos se iriam empenhar muito nisso. Eles gostam de ser úteis, mas precisam de ser estimulados.
Sim, em Cuba ainda se fazem coisas dessas, pelo menos nas férias.
Mas num país como Inglaterra, isso é uma prática. Antes de entrarem na universidade, os jovens passam um ano a trabalhar ( não irão todos para os campos, mas têm uma experiencia de trabalho antes de prosseguirem os estudos)
Vou ler o texto do JR...
ATÉ JÁ!
se eu me importava que as minhas filhas fossem? Nada, absolutamente nada... hehehe, mas não estou a ver a minha filha mais velha nisso :)
O que fazem em inglaterra não é ir cavar a terra; são trabalhos relacionados com a área em que vão estudar
Se estivesse introduzido no sistema de ensino ( um ano de trabalho cívico) eles acabariam por aderir. A ideia de irem para o campo era juntar o útil ao agradável. Seria uma maneira de não deixar morrer completamente a nossa agricultura e de rejuvenescer o interior que está moribundo.
Aqui em casa, em tempos falei nesse assunto e a resposta tb foi: "Era o que faltava! Ando a estudar psicologia pra ir cavar batatas?" lol :). Mas, se todos fossem, tenho a certeza que ia adorar!
Fui ver o texto do Morin. É exactamente o que tenho aqui e do qual vos trancrevi aquelas partes :) Se não reconheceram, foi pq não
tiveram pachorra pra ler tanta página :)
Reb, isso de os pais não gostarem da ideia, não é bem assim. :)
No fundo, é o que a maioria dos pais fazem. Explico. Por norma, nos dias que correm, já depois de encontrarem um emprego, os filhos continuam em casa dos pais. De certa forma, são os pais que custeiam a entrada dos filhos no mundo do trabalho. Agora, a experiência formativa do trabalho deve começar antes. Na minha opinião, deveria sê-lo a partir do 2º ano da faculdade. E não para, apenas, a tirar fotocópias e arquivar papéis, como fazem os estagiários já licenciados.
Quanto ao cultivar a terra, eles iam fazê-lo em benefío de quem? E que terra?
Se o preço dos cereais aumentam, está lá a PAC para amortecer esse movimento. A PAC é um mecanismo regulador do mercado e do preço. Armazena-se na abundância para suprir as deficiências nos anos de carência agrícola. Mas, num mundo globalizado como o de hoje, se calhar põe-se outras questões. Se os preços são globais, o que pode a PAC fazer, e a partir de que preço intervém no mercado mundial? Essa é a questão, porque o mercado europeu não existe. Nem o racionamento irá protelar os aumentos do preço. Os mecanismos dos mercados paralelos, vulgo o que normativamente se designa por mercado negro, encarregar-se-à de impor o preço real do mercado, acrescido dos custos do risco da ilegalidade. Até na união soviética era assim, como o é em cuba, como o foi em Portugal nos anos anteriores ``a UE com o crédito e com as divisas estrangeiras. O mercado se encarregaria de fazer sair daqui o trigo para onde dão mais por ele. Os putos vão trabalhar para essa espécie de "reforma agrária" com que causas? O de trazerem pão para casa? Se, nem isso, no fim, trariam?
ts1pai, tens razão! A Política Agrícola Comum nunca permitiria que um país pequeno tivesse pretensões de cultivar os seus próprios cereais. É o preço que temos que pagar por sermos "europeus",e sermos um país pequeno com pouca margem de negociação.
Mas, eu acredito nas mudanças, como já se deve ter reparado:). E a história mostra-nos que, mtas ideias utópicas numa determinada época, se tornaram concretas alguns anos mais tarde.
Na faculdade, tive uma cadeira anual de "introdução ao marxismo". As teorias do marx, naquele tempo eram delírios, e algumas foram postas em prática. Naõ falemos agora do desastre em que se tornaram alguns países que as defendiam. O que nunca esqueci, desses estudos, foi a noção de dialética( materialista, no caso dele): há a tese, a antítese e a síntese e sucessivamente.
Em portugal, não há incentivos para se trabalhar na agricultura. Pelo contrário, como dizes, até se paga a essas pessoas para não cultivarem aquilo que não poderiam escoar. Como resultado, tens a maioria da população a viver nas periferias das grandes urbes. Essas pessoas vivem mal, desempregadas ou a ganharem mto pouco. Perderam o bem-estar que a vida nas aldeias ainda proporcionaria, perderam as raízes. Como resultado: alguns, em especial os jovens sem futuro, são autenticos "barris de pólvora". Gente sem perspectivas e sem valores torna-se revoltada e delinquente. Tenho alunos que pertencem a familias de traficantes, pais e avós. Só uma bisavó que ficou lá na terra é que é uma pessoa sã.
Podemos ignorar tudo isto, e fazer de conta que esta realidade não existe...mas, as consequencias deste tipo de politicas acabam por nos cair em cima ( de todos). E então, começa-se a pensar que há que mudar. ( tese-antítese-síntese).
Vivemos numa época pos- ideológica. A politica desligou-se das ideias e só interessa a lógica do mercado, mas este não é o fim da história.
Por isso, eu defendo as utopias! :)
A proposito, está a circular na net um video espectacular e mto pedagógico. Chama-se. "economia, ecologia e desenvolvimento para Educação ambiental e cívica".
Adorava colocá-lo aqui neste blog, mas não sei como se faz. Talvez a IP nos possa ajudar :)
o vídeo é realmente fabuloso e já o mandei a toda a gente, incluindo estes bloguistas, mas ponho aqui o endereço para quem passar por aqui:
http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en
(aqui não sei pôr a hiperligação que permite clicar directamente no endereço, por isso têm que fazer copy do endereço)
:) REB, o abandono dos campos é um processo histórico e não tem a ver com a PAC. Aconteceu aqui e no resto da Europa. Na inglaterra, fez-se uns séculos mais cedo. Em Portugal, a emigração, a mecanização da agricultura extensiva, o crescimento dos serviços e a industrialização, tiraram gentes ao campo.
Dizes que as pessoas vieram do campo, onde tinham uma qualidade de vida superior. Pois, olha, pergunta-lhes o porquê e, se calhar, até te admiras com a resposta. Sempre que visitava a zona de Moimenta da Beira, de onde era originário o meu sogro, gabava-lhe os edifícios antigos e as belezas. Dizia eu, ao meu sogro, que aquela terra me fazia lembrar de coisas bonitas, históricas, valiosas, que já nem se encontram. Sabes, a resposta dele era seca e dolorosa, resumindo-se a um "A mim, só me lembra tempos terríveis e de fome".
Ao contrário do que fez, na altura, o salazar, para não dizer o resto da europa, no mundo e economias modernas não temos de ser autosuficientes em coisa nenhuma e, ao invés de cereais, devemos-nos especializar no que o clima proporciona, quer em produtos mediterrânicos quer noutros para os quais os solos e o clima são mais favoráveis. Numa economia moderna, os bens trocam-se. Se pretendessesmos cultivar todo o trigo que consumíssemos, o provável seria o de, em primeiro lugar, nunca sermos autosuficientes e, em segundo, o preço que pagaríamos até poderia ser muito superior ao que vigorará após todos estes aumentos. Isto não tem muito de ideologia.
Em Portugal não há incentivos para trabalhar na agricultura? :):):): ... nos dias que correm, com o clima que temos, ser agricultor é uma actividade de muito elevado risco. Se fossemos um país muito rico, vindo essa riqueza de outras actividades que não a agricultura, então poderíamos subsidiar forte e feio todos os grãozinhos que se produzissem, a bem da tal independência alimentar nacional em alimentos, mas não sei se estaríamos dispostos a suportar esses custos. O facto de sermos ricos não significa que sejamos perdulários. Também não percebo porque haveriam de haver, ou porque há, incentivos para os agricultores. O dinheiro que vai e for para aí não vai para outras coisas igualmente úteis, como sejam os cuidados básicos de saúde, a educação, a segurança e a justiça. Se os incentivos assegurarem uma criação de valor superior aos custos, e esse valor for redistribuível, então, talvez valesse a pena. De facto, o que se procura é incentivar inovações tecnológicas na agricultura e a sua reconversão dos cereais para outro tipo de culturas, menos permeáveis à imprevisibilidade climática e com procura nos mercados.
O facto de se pagarem subsídios para não se cultivarem determinadas culturas, não significa, porém, que elas não possam ser utilizadas para outras culturas, ou para a criação de determinados tipos de gado. Mas, da mesma maneira que mandas na tua casa, a terra agrícola pertence a quem dela é prroprietário e que, sobre isso, toma decisões. É provável que integrar uma propriedade numa reserva de caça até seja mais vantajoso, do ponto de vista do risco, que investir, pedindo ao banco o dinheiro, numa cultura nova, que pode ser desbaratada por uma tempestadezinha.
O facto de haver gente sem trabalho e desempregada, e de essa malta se ter de safar com o tráfico de psicotrópicos, não é um problema de agora, nem exclusivo nosso. Como sabes, o desemprego tem umas funções reguladoras perversas. O facto de haveer desempregados assegura, simultâneamente, que não tenhas um ordenado mais baixo, e nem, também, mais alto.
Essa malta é traficante porque a venda de psicotrópicos e drogas é considerada ilegal. Por outro lado, isso justifica, também, o investimento maior em forças de segurança, num jogo que se autoreproduz, em que ambos os lados se alimentam um do outro. Ambos os lados dão emprego e sustento que, de outro modo, não existiria. É um barril de pólvora? Sempre foi. Mas há outros piores. Não foram os traficantes que deitaram abaixo as twin towers. Claro, este é um exemplo extremo. Mas, neste país, existem outros. O tráfico humano é apenas uma ponta do iceberg.
Dizes que vivemos numa era pós-ideológica, em que impera a lógica do mercado. O mercado não tem culpa, ou melhor, o mercado somos todos nós. Dê por onde der, o mercado existe sempre. A lógica terá sempre de ser a do mercado. O problema está, não só na criação de opções políticas e sociais para a tomada de decisão que vise uma maior qualidade de vida a todos os seres cidadãos, como também no que eles o aceitarem. Pensa em ti e no que estás disposta a prescindir, para que isso assim seja. Mas não penses que ficarás, necessariamente, melhor, do ponto de vista material. Numa democracia não há debate de valores. Há o sim e o não, os dos votos, em propostas que já contêm os valores. Como já o disse e escrevi várias vezes, a nossa derrocada tem a ver com a derrocada da cortina de ferro, a única que servia de contrapeso ao capitalismo, obrigando-o a ser menos liberal, e mais social, para ganhar a guerra ideológica. Agora que não existe, logo veremos onde, e como, isto irá dar.
Sabes uma coisa, ts1pai? Às vezes, qdo leio alguns dos teus textos, fico um nadinha angustiada :)
Não há esperança nas tuas palavras. Vais fechando portas sem abrir janelas...
IP, obrigada por nos dares o endereço do video. Esse, além de esclarecedor, tem tb uma mensagem de esperança. Se eu fosse prof de economia, passava-o nas minhas aulas, para pôr os alunos a pensarem...
Vou sair para almoçar. ATÉ LOGO!
IP o video é EXCELENTE!!!!
Mt, mt, bom!!!
Sintético, simples, real, objectivo, e , mais importante q tudo POSITIVO!!! Apela à esperança e não ao derrotisto!!!
Vou já por os putos aqui da rua a ver!!!
:))))))))))
Engraçado Reb
Pubilcámos os nossos comentários exactamente n mm minuto reparaste??
Devemos ter sentido o mm ao mm tempo :)))
Estás a funcionar!!!
REB,
A angústia não te serve de nada. Há que olhar para o que está a acontecer e pensar com distanciamento emocional.
A realidade que agora vives, no teu dia a dia, não o é de agora, sempre lá esteve. Casal Ventoso e quejandos sempre existiram. Sítios em que nem um polícia entrava. Agora, esta realidade é ainda mais ampliada, porque não só vivemos tempos de grandes mudanças, como ainda o são mais aceleradas. Nos últimos dez anos, tudo isto se tornou vertiginoso. Vivemos tempos de novas incógnitas, em que nem a história, nem o Nostradamus, nos poderão ajudar em muito. Há bastante tempo que as empresas transnacionais e globais sabem disto. Em 1994, o ano em que a minha filha nasceu, tive na minha mão um estudo da instituição (também global) em que trabalhei, que previa tudo o que está a acontecer no mercado das matérias-primas, com base na hipótese de a China começar a crescer como agora. Nesse mesmo estudo se dizia que iria haver um choque petrolífero muito maior que os das décadas de 70 e 80 juntos. Por exemplo, o da década de setenta levou a um aumento do petróleo de 50%. No último ano, o preço do petróleo aumentou 53%, não para de crescer e não se sabe quando parará. No estudo referido, admitia-se que o centro económico mundial se iria deslocar para o Pacífico. Azar o nosso. Agora, estamos longe dele. O que tem isso de angustiante? Nada. É para lá que vai o investimento, directo e indirecto, do dinheiro das reformas e poupanças de todo o mundo, porque é lá que estão a população jovem e taxas de crescimento que se vejam. Tal como já lá esteve, o tal dinheiro, antes da derrocada finaneira dos chamados "Tigres Asiáticos". Temos de aceitar este facto como uma hipótese de trabalho. O que pode acontecer? Muita coisa. Uma crise financeira, como a dos tais Tigres Asiáticos, embora e, para já, para já, menos provável. O governo chinês aprendeu e, o sistema financeiro mundial, também. No entanto, os sistemas financeiros locais, tal como aconteceu com o dos Tigres Asiáticos, ainda não se regem bem pelos mecanismos de mercado, nem pelos critérios de supervisão isentos e apertados. Para lá caminha. Há cerca de dois anos, perguntei ao Mira Amaral, numa das conferências do pós-graduação da Nova, em que ele foi vender a China e a empresa de consultoria, para que trabalha, que lá tem filiais, qual era a estrutura de taxas de juro do mercado chinês. Ou seja, quais eram as taxas de juro para o curto, médio e longo prazo. A resposta foi: não há, porque não existe mercado. O que existe, isso sim, são políticas de financiamento do governo para projectos locais e joint-ventures com estrangeiros. Claro, os amiguinhos dos tomadores de decisão do partido levam sempre a melhor. Pois, o mesmo aconteceu nos tais "Tigres". O FMI e quejandos têm andando a batalhar para que isso não volte a acontecer e, eu, até acredito que, mais dia menos dia, um mercado financeiro transparente e com uma dura supervisão, venha a ser uma realidade. Até lá, vamos a ver. Vamos aver como a China e a índia engolem o actual choque petrolífero, e o clima menos favorável no consumo mundial, porque, por enquanto, ainda não podemos, técnicamente, falar de uma recessão. Para além disto, aquela malta tem, ainda, umas coisas por resolver. Os problemas políticos e as convulsões sociais, de cariz económico, político e religioso. De repente, ninguém se lembra deles. Os riscos políticos e sociais. Toda aquela malta tem armas atómicas. Pelo menos o Paquistão, a Índia e a China, têm-nas. Têm, também, problemas ecológicos graves. Seja como for, a bem das reformas e das poupanças do ocidente, e do seu sistema financeiro, é bom que nada de grave aconteça por aqueles lados.
O que poderemos nós fazer, tomando como hipótese de trabalho esta nova realidade? Vender-lhes, directa ou indirectamente (incorporando trabalho nosso) naquilo que queiram e lhes apeteça comprar. O que é isso? Bem, para além do fado, vinho e sardinhas, não sei, porque nunca estive na China e não lhes perguntei. A verdade é que, mais dia, menos dia, a classe com poder de compra internacional será, lá, muito, mas mesmo muito grande. E vão querer do bom, do diferente e do melhor. Seja isso feito lá, ou não.
fónix, voces sabem tantas coisas que eu não sei...
cada macaco no seu galho, mas funcionando em ecossistema
Pois, a índia e a china....agora olha-se para eles com outros olhos...
Eu pergunto-me, em relação ao regime chinês, se será possível controlarem o descontentamento social por muitos mais anos. Eles expandem-se e dominam o mercado...mas fazem-no à custa do trabalho escravo dos chineses. Estão a fazer uma revolução industrial e tecnologica ao mesmo tempo. Não há repressão que aguente gerações e gerações de pessoas escravizadas. O massacre de tienamnen foi há cerca de 10 anos e o mundo reagiu. Se existisse outro movimento a contestar aquelas politicas, será que fariam ainda da mesma maneira?
Essa é outra medida interessante. Certamente que haveria casais, em principio de vida, que alinhariam em propostas dessas.
Aqui fez-se uma experiencia dessas mas foram buscar brasileiros para povoar uma vila. Nunca percebi pq teriam que ser brasileiros :)
Nunca mais ouvi falar dessa experiencia, mas da ultima vez que se falou, a coisa não estava a a correr bem e alguns queriam regressar ao brasil :)
eu vou!!! Se fizerem isso cá eu vou... não posso é povoar nada com mais filhos meus :)
:) ... será que a freguesia do Rogil, Conselho de Aljezur, não quererá fazer o mesmo? :)
ah, se se puder escolher a zona, também quero perto de aljezur :)
Um dia convido-vos a todos para aljezur! Mas só se cultivarem a terra para comermos legumes fresquinhos :)
... :) sou todo ouvidos ... alzezur, nesmo aljezur, ou arredores?
Arredores :)
:) ... então, nem acho que precisemos de plantar grande coisa ... apenas temos de arrangjar uma forma de "enlatar" os cheiros naturalmente misturadaos da alfazema, kpinheiro e maresia, e temos um produto biológico pronto para venda no biomarket (uma coisa que há, ali, ao pé do aeroporto). O cheiro é tão bom que até ficamos pedrados de tanto o inspirar. Juntamos o útil ao agradável. Fora isso, só a batata doce, em que aquela malta se vem especializando. No rogil, até há um festival culinário e anual, da batata doce.
Acabei de ler, no jornal, que, de todos aquels casais brasileiros com filhos que vieram povoar uma vila portuguesa, apenas um casal se mantém. Ao que parece, os outros regressaram a casa por não encontrarem empregos compativeis com as suas formações :)
Mas, então, que aldeia é essa? E que empregos é que estão disponíveis? O de camponês ou o de pastor?
Naõ ouviste falar? é lá pras beiras. Será que se chama VILA chã, ou estou a fazer confusão?
Foi a presidente da junta que resolveu recrutar pessoas no brasil, há uns 2 anos, para irem povoar uma terra qualquer: vieram pessoas com formação superior, casais com varios filhos. O único casal que lá se mantém tem 3 filhos, penso que ele é engenheiro e faz qq coisa relacionada com isso...ela ou é medica ou psicologa mas acho que anda a pintar casas :)
:( ... mas, o problema do despovoamento, sempre foi o da actividade económica que mantivesse as populações ... a menos que se pretendesse reconstituir as vivências rurais do passado ... ou assegurar uma população de milionários ... :)
Acho que foi exactamente por isso que os brasileiros fugiram :)
Lembraram-se de povoar a vila mas não se lembraram de lhes encontrar postos de trabalho :)
Nunca percebi pq razão foram buscar brasileiros com tanto portuga no desemprego :)
Talvez pq lá tb não havia emprego para ninguém :)
:) ... sabe-se lá ... se calhar, esperavam que os engenheiros fizessem engenharia alimentar do bom ar da vila ... para terem com que comer ... ou que constituíssem o núcleo fundador de uma nova e grande empresa, ou empresas, teconológicas ... a troco de dormida à borla ... mais a visita ao lugar onde terão vivido os seus tetravós :)
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