Há várias maneiras de abordar estes conceitos: umas mais científicas, outras mais psicológicas, ou filosóficas, ou poéticas e ainda há a concepção literária que pressupõe uma interpretação das personagens, à luz das correntes de análise de texto. Há também o "senso-comum" que todos temos e que é anterior às diversas formações que fomos fazendo. Tendo nós, como colaborador deste blog um "filósofo" que faz a "cobertura final" do que os nossos pensamentos "parcelares" vão dizendo, talvez cheguemos a algum porto, nem que seja concluirmos, cada vez mais que "só sabemos que nada sabemos" :)
Pego no dicionário Houaiss. A definição de emoção é mto mais curta do que a de sentimento. Vou transcrever algumas frases:
Emoção: " agitação de sentimentos; abalo afectivo ou moral; turbação, comoção; reacçaõ orgânica de intensidade e duração variáveis, geralmente acompanhada de alterações respiratórias, circulatórias etc, e de grande excitação mental.. Derivado do latim "motio"= movimento, perturbação".
Sentimento: "Acto ou efeito de sentir, aptidão para sentir; atitude mental ou moral caracterizada pelo estado afectivo; disposição emocional complexa da pessoa, predominantemente inata e afectiva, com referência a um dado objecto ( outra pessoa, coisa ou ideia abstracta), a qual converte esse objecto naquilo que é para a pessoa; afecto, afeição, amor; pesar, tristeza, mágoa. Derivado do latim "sentir".
Talvez isto possa servir de ponto de partida para tentarmos "classificar" coisas pouco classificáveis, numa tentativa de, racionalizando ou não, compreendermos melhor os nossos sentimentos/ emoções.
Pela minha parte, julgo que algumas emoções são a base dos sentimentos. O meu desafio é este: dos conceitos que se seguem, quais associam mais a emoções e quais a sentimentos:
Amor, paixão, tristeza, melancolia, saudade, alegria, euforia, medo, curiosidade, inveja, competição, espanto, mágoa, submissão, domínio, timidez, tranquilidade, ansiedade, prazer, ilusão, desilusão, identificação, rejeição, ....
Podem acrescentar os que quiserem :)
Volto aqui ao fim da tarde, para me deliciar a ler o que escreveram :)
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67 comentários:
Boa noite, zib, foste a 1ª comentadora deste post :)
Significa que estamos as duas online :)
Concordo que continuamos a sentir emoções mesmo dp de passado o estimulo. O exemplo que dás é elucidativo: a musica da nossa adolescência desperta-nos sempre emoções qdo a voltamos a ouvir pela vida fora.
O tema deste post surgiu-me, pq a IP pede sempre para defimirmos o Amor conjugal. Segundo ela, passada a paixão não resta mais nada. Isso fez-me pensar se emoções e sentimentos têm o mesmo registo, ou se uns são apenas a evolução do estado "emocional" das outras. Percebes? Como se fossem níveis, graduações de um espectro imenso de emoções que conseguimos experimentar.
Parece-me que as emoções são mais primárias ( como animais que somos) e sentimentos mais secundários, mais elaborados, construidos com o tempo. Digamos que uma emoção passa rápido e um sentimento demora a passar.
Hoje pensava na dicotomia: raiva/ ressentimento ( só para ter outro exemplo sem ser paixão/ amor). A raiva momentãnea pode dar origem a um ressentimento mais prolongado no tempo mas menos "visceral".
Concordas?
Este tema é capaz de gerar uma discussão infindável. O primeiro "sentimento" que tenho sobre o tema, sugere-me um carrossel....um rodopio.
Quando digo "sentimento", é porque se manisfesta em mim uma vontade de compreensão, de discernimento.
Talvez os sentimentos nos venham à posteriori das emoções, que de facto acho muito mais primitivas.
Ter um sentimento é produzir um conjunto de parcelas de várias emoções num produto capaz de ter sido produzido pela razão.
Emoção/Sentimento
Mais que as diferenças/semelhanças entre emoção e sentimento, o que de imediato nos aparece é alguma dificuldade em dizer o que é uma e outro. E esta dificuldade leva-nos para um outro grande problema do nosso dia a dia e que no século XX foi o principal objecto da filosofia: a linguagem.
Parece-me que cada um de nós se deparou com esta dificuldade sobre o que será a emoção, o que será o sentimento. No entanto, cada um de nós usa estes termos (palavras, conceitos) com o maior dos à vontades, sem nos preocuparmos muito se o nosso interlocutor entende ou não de que estamos a falar.
Parece-me óbvio que cada um de nós, os que aqui vamos falando, tem um conceito diferente sobre emoção e sentimento. Então, se assim é, de que falamos afinal? Por exemplo, eu posso estar a falar daquilo que para mim é a emoção. Mas estou a falar de algo que para cada um dos que lêem é no mínimo, ligeiramente diferente. Embora utilizemos a mesma palavra, estamos a falar de coisas diferentes e, portanto, dificilmente nos entenderemos.
Estive a consultar um dicionário de filosofia e um outro sobre termos utilizados em ciências sociais e, em resumo, não há um significado unívoco. Algumas definições consideram-nos sinónimos. A maioria faz distinção. Mesmo relativamente ao sentimento, não há um acordo sobre o seu significado. O que parece ser consensual é que o sentimento está fora da razão. Portanto, onde há sentimento é muito provável que não haja razão.
Para que possa ser entendido, vou dar um exemplo do que chamo emoção e do que chamo sentimento. Não quer dizer que esteja correcto. Mas servirá para esclarecer do que estou a falar.
Imaginemos que me perco numa serra (o Gerês) e subitamente me vejo cercado de lobos. Esta situação de perigo desperta em mim várias emoções. Está em causa a integridade física, a sobrevivência. Gera-se um sentimento de medo. Posso reagir fugindo, gritando e enfrentado os lobos, posso ficar paralisado. Tudo isto fruto das emoções. O sentimento será de medo.
Poderemos talvez dizer que as emoções são a consequência de estímulos sobre determinadas áreas do nosso cérebro. Algo não consciente e dificilmente controlável. Terão talvez a ver com a memória, vivida ou da espécie. Penso que poderão ser parcialmente treinadas e controláveis nos seus efeitos. O medo é dominável. O amor pode ser cego, mas podem sempre arranjar-se umas próteses oftalmológicas.
E agora não tenho tempo para mais. Até mais logo
Dos exemplo que deste, eu faria esta separação (mas claro que tudo isto tem uma subjectividade enorme):
EMOÇÕES:
Paixão
Tristeza
Alegria
Medo
Espanto
SENTIMENTOS:
Amor
Melancolia
Saudade
Euforia
Curiosidade
Inveja
Competição
Mágoa
Submissão
Domínio
Timidez
Tranquilidade
Ansiedade
Ilusão
Desilusão
Identificação
Rejeição
Em relação ao prazer aho que tem um pé em cada lado (será possível?)
Quando vi o post, disse cá para comigo que, desta vez, até na escrita iria ser reservado. Senti que era assim que o queria fazer. Que sentimento foi este? Não sei, talvez um sentimento de querer ouvir, de gostar de aprender. Cresci a precisar de ouvir, sem muito a dizer, sempre gostei do silêncio, sempre o precisei, de o ouvir. Pois, mas que sentimento é este? O de precisar e de ... querer. Não lhe reconheço emoções, apenas a motivação em o querer. Claro, a do prazer. Esse, também é um sentimento. Não sei que combinações de emoções se revertem no prazer. :) ... o prazer do orgasmo subverte qualquer emoção. O apagar do consciente não é uma emoção, nem um sentir, ou sentido em sentimento. Há quem fale de electrizante emoção. As palavras atabalhoam-se em descrições, nem todo o sentir é descritível. Acção não é emoção. E a aceitação? Talvez seja um estado emocional, de predisposição. Ou para a acção, ou para a não aceitação. De motivação. A vontade é uma emoção? Mas eu sinto que tenho vontade. Eu gosto de aderir, tenho prazer na adesão ao que me dá prazer, ou de estar com amigos, ou de estar com a solidão. Como se designa esta direcção? A do quero e vou fazer porque gosto, ou preciso. Precisar? No fim, quero sentir um sentimento, talvez emoção, mas, agora, nada passa duma mera expectativa, ajudada pela razão. Lá está, um sentimento expectante, a do estímulo e um retorno. Também há o instinto. Essa emoção, por vezes, vazia de emoção. A vida tabém é uma emoção, se calhar a única e básica. Essa não tem descrição, mas tem um sentimento, o de se estar vivo, às vezes sem o sentirmos. Não temos valor para tudo. Porque quase tudo está por ser dito. Mas já foi sentido. :)
Podemos pegar num bisturi e dissecar toda a razão.
A vida quando nasce, tem vontade de viver. Essa é a maior emoção. Ou a razão da maior emoção? Afinal, há razões que a razão desconhece. Digamos que é aí que começa a emoção.
Para pensarmos, temos de sair do quadrado, temos de sair do que existe. Precisamos de outros quadrados. Até a roda é composta por minúsculas arestas. No fim, vamos sempre dar à matéria, o mesmo ponto de partida, para outra viagem.
sentimento já é uma racionalização da emoção.
E quando o SPM me largar e eu ficar mais bem disposta, logo digo mais coisas (um dia vou deixar de ter SPM; acho que será um alívio)
Idadedapedra.....o que é o SPM???
Não te larga???
Ai o malandro!!!!
olá, só para dizer q tb já consigo aceder. avoclarinha31
... :( ... conheço esse sindroma ... é agonizante, dá-me problemas de digestão ... resolvo com um alkseltzer para, como costumo dizer, me limpar das impurezas nos "ovários" ... é que só consigo parir m ... , e foi peciso uma mulher parir os putos por mim.
Madame Clara, seja bem-vinda! Agora que já consegue aceder, deixe-nos aqui a sua opinião sobre emoções e sentimentos :)
IP, essa é uma boa altura para descrever emoções :)
Restantes, é confuso separar as coisas, mas há que as dissecar, dentro da nossa subjectividade, para ver se realmente falamos das mesmas coisas( ou parecidas) qdo nos referimos aos nossos sentires.
JR, a questão da linguagem apaixona-me tb. Dei linguistica na uni e penso muito na estrutura profunda e na estrutura de superfície, dos simbolos ( palavras) que usamos pra comunicar. O que para mim é uma emoção com laivos se sentimento, pode para outros significar só sentimento, pq o conceito que interiorizou, assim o faz sentir.
Harumi, concordo com a tua classificação, menos em dois conceitos: para mim, euforia e ansiedade encontram-se no campo das emoções :)
A mim parece-me que o sentimento não é uma racionalização, pensar no sentimento e falar dele é que pode ser...
Pegando no exemplo do Jr: se me perco num bosque, sinto medo e isso provoca-me reacções fisiológicas ( tremo, transpiro,o meu coração passa a bater mais rápido).
Ora, para mim, isso é uma emoção e não um sentimento, uma vez que, ao passar o perigo, essas reacções desaparecem.
Nós dizemos "sentir medo" e não "emocionar-me de medo" mas isso parece-me uma questão de linguagem. Raramente usamos a expressão "emocionei-me" e passamos a vida a dizer: sinto isto, sinto aquilo, como te sentes hoje?...
Não sei...
Harumi, acabei de ver outra coisa. Para mim: tristeza e alegria são sentimentos....
Será? :)
reb, se calhar são.
Eu coloquei-os como emoções, porque por exemplo para mim, não necessito de reflexão para sentir momentos de alegria ou tristeza (mas claro que haverá situações onde isto não é verdadeiro).
Eu acho que sou muito à flor da pele, no que respeita à minha resposta emotiva a determinadas situações. Por vezes reparo que perante uma ou outra notícia que me chega através dos media, tenho reacções de tristeza ou alegria quase imediatas. Claro, que me podem dizer: tu pensas que foi imediata, mas teve necessáriamente o tempo necessário para que comparasses com padrões conhecidos, etc, etc.
Sei que é muito repentino e que não senti em mim, as cambiantes habituais dos processos pensados, reflectidos.
Mas se sinto ciúme, por exemplo, reparo que houve ali um tempo que eu consigo medir. Vi predisposição para o afecto com outra pessoa, ou vi que um olhar parou por mais um segundo comparado com os meus padrões de normalidade, e por aí fora, ficando assim com matéria suficiente para que o sentimento de ciúme comece a tomar forma.
Se por exemplo for vingança (salvo seja), passa-se um processo idêntico. Necessito de coleccionar um conjunto de acções provocadas por outrem de forma que considere injusta, para que após um certo tempo, nasça um sentimento de que tenho que reequilibrar um sistema que se encontra em desiquílíbrio a meu desfavor.
Com a tristeza e a alegria, basta um qualquer spot que me chega de forma instantânea, e imediatamente sinto um desses tipos de emoção.
Harumi, a vingança não é uma predisposição para determinada acção, despoletada pela emoção de ressentimento (lá está, re+sentimento)?
eu tenho tantos dados científicos para falar sobre isto, porque está tudo descritinho, os trajectos neuronais, no livro do damásio...
Mas tenho que voltar a pegar nele para vos explicar...
E hoje para além do SPM, que deve passar a M a qualquer momento, espero eu, estou na clínica até às 22h e não tenho o damásio comigo (mas tenho pena:)
À sexta-feira, quando vou buscar a minha filha, há sempre uma certa emoção neste encontro, que me leva a sorrir, a querer abraçá-la fortemente. Se não amasse a minha filha, seria a mesma essa emoção?
O que me parece é não ser possível desligar sentimento e emoção. Talvez daí, em muitos casos serem considerados sinónimos
Será a emoção algo não consciente, ligado a sentimentos? Será o sentimento a percepção, consciência desses estímulos e emoções?
Talvez o importante seja a clarificação daquilo de que estamos a falar, mais do que a definição dos conceitos, que para estas duas palavras é diversa.
Jr, fogo, isso não é uma emoção, são uma embrulhada de emoções, à desgarrada. :):):) ... mas são todas muito boas ... :):):)
IdP, como é que o damásio "creativiza" um encontro dum pai com a filha? :) ... ah, desculpa, é verdade, só depois das 22:00 ...
P.S.
Votos para que alcances a paz espiritual do estado zen do "M". Do que eu entendo, pela publicidade, deve ser um estado psicótico. De repente, tudo se transforma em sorrisos lânguidos e belas paisagens.
JR: "Será a emoção algo não consciente, ligado a sentimentos? Será o sentimento a percepção, consciência desses estímulos e emoções?" - é exactamente isso, mas talvez amanhã eu tenha tempo para citar aqui umas passagens do livro que ele tem muito mais o dom da palavra do que eu.
olha, já agora, dia 20 de Maio, no hotel ritz, o damásio dá uma conferência sobre a anatomia do comportamento na era da comunicação, segundo me informou a Reb. Eu vou!
ts1p: Uma vez perguntaram-me se SPM era algum sindicato de médicos :) É pura e simplesmente Sindrome Pré Menstrual. É chato comó caraças porque dá-me neura sem razão nenhuma (razão hormonal... será que é o corpo zangado de ter gasto um óvulo para nada?:)
E a disponibilidade para a net nestes dias de urgência depende das epidemias... agora anda calmito
IdP, arranjas mais convites pró Damásio? Não te preocupes, eu levanto-o à entrada e nunca me encontrarás :):):):) e, desde que não uses turbante, jamais saberei quem és.
Olha, a malta também já anda aqui há uns tempitos (a que, por vezes, chamamos de PDI) e, por isso, não só sei o que significam essas siglas (SPM), como também o que se entende por PDM. Também reconheço que, consoante os casos, há alturas em que um gajo deve sair de casa bem cedinho e chegar depois da meia noite. Noutros casos, é bom que a malta saia mais tarde e venha cedinho, com um jantarinho já feito, por causa da baralhação emocional das moças que, às vezes, dão em chorar como umas Madalenas. Pois olha, nós, os homens, também temos de fazer a barba todos os dias e, às vezes, também não andamos bem cá com os nossos "ovários". Eu bem sei que não é a mesma coisa mas, enfim, refiro-o apenas por empatia. :):):)
eh pá, será que é preciso convite? Não sei, tenho que investigar. Mas eu e a Reb combinámos ir e até é uma boa altura para a gente se encontrar. Cá por mim não tenho nada contra, podemos ir todos bloguistas.
(já tinha pensado que quando a Reb fizer 40 anos, em junho, podia convidar os bloguistas e fazer uma festa de dispersões :)
PDI é idade da pedra ao contrário :), mas esse sei o que é.
PDM não sei
:):):) Hum ... dizes tu que a noss menina REB faz 40 aninhos ... Hummmm .... não é isso o que me dizem, nem o professor Makumba, nem os astros ... :):):):):) ...
Em boa verdade, e pegando no tema do post, se ter é sentir, e vice-versa, eu também não tenho a idade que está no meu perfil, isso é só para a malta cota não me ter em preconceitos de menoridade. Como o disse aos meus filhos, que, coitaditos, até nisso me acreditaram durante bastante tempo, depois dos 40, subtraiem-se 10, para dar a contabilidade certa entre o querer ser e o estar ... de acordo com o que se pretende. :):)
Pois se souberes mais coizitas sobre essa conf do Damásio, diz. Se calhar é a pagantes e, mesmo assim, pode ser preciso "reservar" com antecedência. Esta gente ainda não aprendeu a fazer conferências pela net.
Quanto ao entendimento do Jr, sobre a palavra comunicar, gostaria de acrescentar que, comunicar, também pode ter implícito um valor acrescentado de desnvolvimento recíproco, sei lá, de elevação ao estágio "M". É implícito. Eu, às vezes, tenho dificuldade em explicar certas coisas mas ... não desisto, comunicar também é um processo interactivo.
Sim, um político na televisão assemelha-se, cada vez mais, a um vendedor de feira. Nem todos têm pachorra para fazerem aquele papel. Devem haver por ai umas licenciatuas para isso ... :):):)
pronto, já investiguei (hoje não há putos doentes).
Aquilo é por convite, cerca de 200 pessoas. Eles é que convidam mas vão aceitar alguns desconhecidos. Deixei o meu contacto... não me parece nada que me convidem, mas pronto.
Se quiserem ligar para lá é uma sô dona Mariana, 214 255 400
:(:(:(:( pois a mim nem como desconhecido me aceitaram ... nem me pediram o contacto ... :(:(:( buáááááá :( ... vês, ZIB, ora aqui está uma reacção nada adulta, nem pareço eu :):):)
Pois,quanto à PDM, trata-se duma aritmética simples. Pegando na PDI, subtrais DI, juntas-lhe DM, ou seja, "da menstruação", e "voilá".
olha os estúpidos. Mas será que pela voz se consegue ver que tu és doido? :)
Pois a mim nem me perguntaram a profissão, eu é que resolvi dizer a ver se eles tinham isso em consideração.
Mas também, aquilo se calhar não é muito interessante, porque a ideia é ele explicar os mecanismos neurofisiologicos da comunicação mas para pessoal que me parece que tem a ver com publicidade... para eles aprenderem a meter-nos melhor na cabeça os produtos. Eu de qualquer maneira gostava muito de ouvir o senhor damásio, mas enfim...
... :) pois, devem ter reparado que eu não sou lá muito bom da tola ... quando me recusaram, eu até disse, "mas, olhe que eu sou da loja maçónica de Alcabideche" (nem sei se há alguma). Oh, qual quê, foi como a a outra, "e já estamos servidos" ... Tens razão, e mais ta dou quando falas de fisiologia, esta malta da publicidade tem panca, vê as coisas de outra maneira, calha bem até vai lá estar a Bo Derek, ou a Claudia Schiffer, nunca se sabe, fisiologia é muita coisa, eu sei que as moças que referi até são um bocado "deslavadas", mas é assim, é o que se pode arranjar ...
:):) Barcelona? Ainda não conheço esse bairro. Fica nas avenidas novas? :):):) ... . É, quando saio deste quase sopé da serra (de sintra), sinto-me um pouco como da Malveira, tipo saloio. Fico confuso, essa malta tem uma linguagem verbal diferente. Vá lá, a gestual é quase igual. Depois, um tipo chega aí, a uma ruazeca, pergunta, "pxxt, ó faxfavôr, qu'a calle é esta?", e uns dizem "les rambles", outros, "las ramblas", e há quem se lhe refira apenas como "la rambla". Decidam-se. Ao menos, na Grécia, deve ser mais fácil. Só precisamos de conferir os hieroglifos todos, apesar de nem sabermos como aquilo se lê, mas a fonética também se reduz à aritmética comparativa dos símbolos. Isto, na Grécia. Em Barcelona, nem por isso. Quanto ao resto da Catalunha, ainda não sei. Resta a Belgica mas, aí, fazemos como o nosso primeiro, chegamos ao pé de um qualquer e dizemos, "porreiro, pá!". Por esta altura, já toda a europa deve julgar que, isto, é o mesmo que "Hola, Jósé, cômô êxxstás". Tipo, sei lá, um cumprimento afectuoso e genérico deste luso povo para o resto do mundo.
lolol, ó pai doido, escangalho-me sempre a rir :)
Falando de coisas mais sérias: essa de celebrar os meus anos com os "dispersos" tem alguma coisa de emocionante? :) Ir a barcelona celebrar os da zib já entra no campo dos sentimentos:)
Pois, eu penso o seguinte: é mto cedo para darmos a cara. Temo que nos tornemos mais tímidos a escrever no blog dp da prova "ao vivo". Para já, gosto disto assim, desta linguagem verbal ;)
Sugiro, que nos encontremos qdo a idadedapedra festejar os seus 38 aninhos em janeiro :)
Estaremos mais maduros :)
Voltando ao tema, que ainda não me parece esgotado.
Naõ acho que sentimentos sejam percepção das emoções. Concordo que não há sentimentos sem emoção, mas julgo que pode haver emoções sem sentimentos. Para mim, o sentimento é algo de mais profundo, mais entranhado...
Vamos a um exemplo que todos nós "cotas" devemos já ter experienciado:
Um dia, uma noite, conhecemos alguém atraente. A atracção foi mútua e "enrolámo-nos um no outro".Houve alguma emoção nesse "encontro", mas....no dia seguinte, acordamos com um sentimento de vazio. Aquilo parece ter sido "exterior", não entrou na nossa área sentimental ( outra palavra derivada de sentimento).
O contrário tb nos aconteceu. Aquele encontro pode ameçar ser o 1º passo para um sentimento por aquela pessoa.
Digam lá de vossa justiça :)
pois, isso é como o JR dizia, é preciso esclarecer o que quer dizer para cada um de nós emoção e sentimento. Eu, aquilo que posso dizer é que amanhã ponho aqui a interpretação do damásio, mas provavelmente não vos serve porque é demasiado científica, e os termos são usados para significar determinados circuitos neurofisiológicos
Claro que é interssante compreender como essas coisas se passam nos circuitos do nosso cérebro. É mais uma visão da "coisa". Pela minha parte, estou mto interessada.
Realmente, cada um de nós tem uma interiorização destes conceitos ligeiramente diferente. Para mim, por exemplo, a tristeza e a alegria são sentimentos com mta emoção, mas distingo-os da euforia momentânea ou do susto repentino( que calssifico como emoções). No entanto, para o harumi, alegria e tristeza são emoções...
TS1P,claro que a vingança é uma predisposição para determinada acção, agora a minha dúvida é se nasce a partir de emoções ou de sentimentos de perda, gerando como dizes "ressentimento", ou seja uma outra camada de sentimento, ligada à primeira mas de sentido contrário no que à acção diz respeito.
(não sei se me consegui fazer entender....acho que está um pouco confuso).
Penso que o desejo de vingança parte de uma emoção forte e pode resultar numa "obsessão" ( será isso um sentimento?). Mas a "passagem ao acto" já é uma acção, novamente recheada de emoções negativas.
Nunca compreendi aquele ditado: " a vingança serve-se num prato frio"
Acho que, se o ressentimento passa e esfria, o desejo de vingança tb.
Mas numa coisa eu penso mtas vezes: se eu fosse palestiniana e, há várias gerações me tivessem morto familiares ou outros entes queridos, acho que um dia pegava numa arma e começava a matar israelitas....ou tornava-me numa "mulher-bomba" :). A racionalidade tem limites e, em contexto de guerra, se matam os "nossos" deve surgir o nosso lado mais "arcaico" a exigir-nos justiça pelas nossas mãos ( a única possivel nesses contextos...)
:):):) Zib, por razões profissionais, houve dois anos, separados por outros dois, em que tive de ir aí e a Madrid por várias vezes. Já nem conseguia ver aeroportos à minha frente. No primeiro dos anos foi uma chatice. Tinha de sair daqui cedinho, num aviãozinho da Portugália, aterrar pelo lado do mar (o aeroporto chamava-se, salvo erro, El Prat, o que fixei por causa do Hugo Pratt do corto maltese), correr para o taxi, chegar a San Ccugat del Vallés e correr para as reuniões, sair das reuniões ao fim da tarde e ir a correr para o aeroporto em plena hora de ponta, chegar a Lisboa e ir a correr para o taxi, tentando apanhar a minha malta ainda acordada. Dessa vez, não conheci nada do sítio.
Quando lá tive de ir outra vez, fi-lo por estadias de 3 e, às vezes, 4 dias. É claro, os dias de trabalho eram em San Cugat mas, ao menos, as noites eram-no em ... Les Rambles. Tive sorte, por o hotel ser em Barcelona e não o Meridien de San Cugat. Embora o "conceito" de sorte, neste caso, deva ser relativizado, uma vez que não houve oportunidade de ver grande coisa de dia, a não ser pelas janelas dos taxis. Do ar, ficou-me a imagem duma cidade plana, mas sitiada, ou apresada, por cadeias montanhosas, como que a empurrando para o mar. Lá em baixo, ficou-me a sensação de ... um microclima espectacular (o planalto de Madrid é geladérrimo) :)
Harumi,
Agora que o referiste, apercebo-me que uma simples emoção pode desencadear, também, uma furacão emocional.
vingança... aí está um estado de espírito (para não lhe chamar nem emoção nem sentimento) a abolir completamente. Se é uma emoção, é momentanea, e aí eu percebo que se pense uma atrocidade... depois de já se ter dormido sobre o assunto, acho abominável manter a vontade... abominável quer para o vingador quer para o objecto da vingança.
Os animais não são vingativos (os não humanos quero dizer), pois não?
Não creio que os animais sejam vingativos.Os sentimentos deles são mto mais primários que os nossos.
Qdo tento entender o "desejo de vingança" tento pôr-me na pele de alguém a quem tivessem morto os filhos ( como disse atrás: um palestiniano, por exemplo). Nesse caso, sei que iria sentir esse sentimento e mto provavelmente iria passar ao acto ...
O prometido é de vidro!
Segundo o damásio:
Emoções primárias são: alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa e aversão.
existem muitos outros comportamentos aos quais tem sido atrbuído o rótulo de emoção; incluem-se aqui as emoções secundárias ou sociais (vergonha, ciúme, culpa, orgulho) e as emoções de fundo (bem-estar, mal-estar, calma, tensão).
Existe uma base biológica comum subjacente a todos estes fenómenos:
1- As emoções são conjuntos complicados de respostas químicas e neurais que formam um padrão; todas as emoções desempenham um papel regulador que conduz à criação de circunstâncias vantajosas para o organismo que manifesta o fenómeno; as emoções dizem respeito à vida de um organismo, mais precisamente ao seu corpo; a finalidade das emoções é ajudar o organismo a manter a vida
2- nãoobstante o facto de a aprendizagem e a cultura alterarem a expressão das emoções e revestirem-nas de novos significados, as emoções são processos biologicamente determinados, dependentes de dispositivos cerebrais estabelecidos de forma inata e sedimentados por uma longa história evolucionária
3- os dispositivos que produzem emoções ocupam um conjunto restrito de regiões cerebrais, iniciandp-se ao nível do tronco cerebral e progredindo para as partes superiores do cérebro; estes dispositivos fazem parte de um grupo de estruturas que regulam e representam os estados cerebrais
4- todos estes dispositivos podem ser activados automaticamente, sem deliberação consciente; a variação individual e o facto de a cultura ter um papel na formação de alguns indutores, não negam a estereotipia, o automatismo e o objectivo regulador das emoções
5- todas as emoções usam o corpo como teatro, mas as emoções também afectam o modo de operação de numerosos circuitos cerebrais; as variadas respostas emocionais são responsáveis por modificações profundas, tanto da paisagem corporal, como na paisagem cerebral. O conjunto destas modificações constitui o substrato para os padrões neurais que eventualmente se tornam nos sentimentos de emoção
"O impacto humano de todas as causas de emoção e de todas as tonalidades de emoção que estas provocam, subtis e não tão subtis, depende dos sentimentos gerados por essas emoções. É através dos sentimentos, que são dirigidos para o interior e são privados, que as emoções, que são dirigidas para o exterior e são públicas, iniciam o seu impacto na mente. Mas o impacto completo e duradouro dos sentimentos exige também a consciência, pois só com o advento do sentido de si podem os sentimentos tornar-se conhecidos do indivíduo que o experimenta"
e por hoje já chega de transcrever o damásio, até porque me parece que ficaram todos confundidos na mesma. Se quiserem perguntar alguma coisa sobre isto, perguntem, que eu tentarei responder porque eu como li o livro, é mais fácil de entender estas frases soltas
Gostei mto de ler o que transcreveste do Damásio. Vem exactamente na linha do que andávamos a debater e é esclarecedor. Ele tb distingue emoções de sentimentos e dá razão ao harumi qdo diz que a alegria e a tristeza são emoções :)
Amanhã, com mais tempo, vou comentar as frases que aqui deixaste.
Gracias :)
Tens toda a razão, zib!!
Os neurologistas podem estudar a "mecânica" de todos ( ou quase todos) os nossos processos mentais, enqto espécie que somos, mas nunca poderão explicar a nossa subjectividade: a razão pq uns se encolhem de medo e outros fogem, tomando um dos teus exemplos.
É aí que entra a psicologia, que tb é uma CIÊNCIA, ao fazer de objecto de estudo os processos psíquicos que levam a cada um dos nossos comportamentos e sentires.
De qq foram, os avanços do damásio são interessantíssimos!.
Do que eu entendi das citações da IP, há como que uma gradação: inicialmente temos emoções, processos biológicos, dirigidos para o exterior e causados por ele, que têm um "impacto humano" pq são geradoras de sentimentos (esses interiores e privados). A consciência vai dar sentido a esses sentimentos, uma vez que podemos compreendê-los, conhecê-los.
Nesta linha de análise, talvez possamos compreender melhor as diferenças entre amor e paixão, por exemplo...
Idadedapedra, bom trabalhinho, este das transcrições do António Damásio sobre as emoções.
Também já li "O Erro de Descartes" e "O Sentimento de Si". Falta-me ler "Ao Encontro de Espinosa".
zib, gostei muito do seu último comentário! Acho que as coisas passam essencialmente por aí.
Diz o Damásio que o nosso sistema nervoso tem as seguintes "camadas", todas elas interligadas entre si, influenciando-se umas às outras:
- Regulação básica da vida: padrões de resposta relativamente simples e estereotipados, que incluem a regulação metabólica, os reflexos, os mecanismos biológicos subjacentes ao que irá tornar-se dor e prazer, impulsos e motivações
- Emoções: Padrões de resposta complexos e estereotipados, que incluem emoções primárias, secundárias e de fundo
- Sentimentos: Padrões sensoriais que assinalam dor, prazer e emoções quando se transformam em imagens
Aqui ele traça uma linha, a da consciência, portanto os descritos acima estão anaixo do nível da consciência; acima está:
- Razão superior: Planos de resposta complexos, flexíveis e individualizados são formulados sob a forma de imagens conscientes e podem ser executados como comportamento
Reb: sobre esta tua frase "Os neurologistas podem estudar a "mecânica" de todos ( ou quase todos) os nossos processos mentais, enqto espécie que somos, mas nunca poderão explicar a nossa subjectividade: a razão pq uns se encolhem de medo e outros fogem, tomando um dos teus exemplos.", eu diria que os neurologistas AINDA não explicam a nossa subjectividade. A neurologia, a meu ver, explicará a psicologia um dia. Enquanto não o fizer é fantástico que se consiga lá chegar, a esses níveis ainda incompreensíveis do nosso cérebro, através das avaliações psicológicas. Isto é o que eu acho, mas eu tenho muita fé na ciência :)
Uma ciência que aglutinasse tudo?
Talvez, ou talvez não...
Até lá uns especializam-se numas ciências e outros noutras. A neurologia não é a única ciência, a psicologia tb o é.
Penso que é interessante conhecermos os vários pontos de vista sobre este "universo" que é o ser humano.
A filosofia tem esse intuito aglutinador, não é?
O seu método é a interrogação...
a psicologia faz uma coisa fabulosa: rearranja os neurónios, sem fazer a mínima ideia de qual é o mecanismo fisico-químico em que está a actuar...
Rearranja os neurónios? Que é isso?
Num curso de psicologia estuda-se neuro.ciências e biologia. A psicologia não é "charlatanice". A ideia que as pessoas têm ( o tal senso-comum) é que há um indivíduo sentado e outro a falar e esquecem-se que o que escuta estudou mtos anos para utilizar métodos variados ( há muitos ramos dentro da psicologia clínica).
Há inclusive médicos, psiquiatras, que praticam psicoterapias.
Tal como outros ramos da medicina, a psicologia está constantemente a fazer investigações e novas descobertas.
E agora vou jantar, volto depois
a psicologia faz uma coisa fabulosa: rearranja os neurónios, sem fazer a mínima ideia de qual é o mecanismo fisico-químico em que está a actuar...
É assim como a aspirina...
E a filosofia não pretende ser uma meta ciência. Só pretende (alguma) saber o que andamos para aqui a fazer...
não me entendeste Reb, eu não disse que é uma charlatanice; eu disse que é uma ciência baseada na evidência, sem explicação científica (fisico-quimica) daquilo que faz... mas que faz, eu até acho que faz; acho mesmo que rearranja os neurónios em circuitos diferentes daqueles em que eles estão habituados a funcionar e nos quais começaram a funcionar por uma qualquer razão ambiental, um tal dum "trauma" ou coisa que o valha, que contruiu um novo circuito neuronal de interpretação das emoções e dos pensamentos
JR, perdão, a aspirina eu sei exactamente como é que funciona :)
bem, no q toca à Psicologia acho q posso falar.a Psicologia é uma ciência q estuda o comportamento e os processos mentais do ser humano.
ao longo do curso, todos os anos temos cadeiras como:biologia, neurociências e genética comportamental.Vamos sabendo como é q o cérebro funciona e em q é q isso influencia os nossos comportamentos, como tal, temos noção de medicina ao contrário do q muitos pensam.
a psicologia é uma ciência q estuda objectivamente coisas objectivas e subjectivas.somos obrigados a fazer relatórios constantemente, inquéritos, etc...para demonstrar a validade do estudo.
Acho que há uma confusão entre a ciência em si ( enqto conhecimento, estudo, investigação) e as práticas clínicas que esta ciência adopta, e que são as mais diversas.
A prática da "talking cure" foi introduzida por médicos, em constante investiggação sobre os seus efeitos em doenças do foro psicótico.
Sabias que o Freud era neurologista?
O conceito de ciência engloba vários tipos de conhecimentos: há ciências de quase tudo. Acabei de ver no dicionário que a história e a sociologia tb são ciências, dentro do grupo das ciências humanas
pois claro que é uma ciência.
Mas vejam lá se me entendem: tu, maggie, como psicóloga tinhas por exemplo um paciente a quem tinham morrido os pais na infância, e que actualmente, como adulto, era um ser desajustado. Ora bem, desde que apareceu a psicologia e a psiquiatria, é fácil entender as causas que levaram ao desajuste. A psicologia entende-as, ok, e falando e descendo até ao fundo da pessoa, vai tentar que ela reviva os traumas e os resolva. Ok. Mas, para a neurociêcnia, o trauma da morte dos pais criou um qualquer circuito de activação de neurónios e bloqueio de outros, sobre os quais se construiu a personalidade da pessoa daí para a frente. Provavelmente a psicologia, ao fazer reviver esses episódios e o resto da vida, consegue ir ao circuito inicial, ao do trauma, e tentar pelo menos alterar a personalidade formada daí para a frente, ou seja, as multiplas conexões neuronais posteriores que incapacitam a pessoa... Isto é o que eu acho, estou a especular com base em alguns conceitos científicos
Em psicoterapia não se leva o indivíduo a reviver os seus problemas. Isso é hipnose!
Há as práticas comportamentalistas que servem para curar "fobias" e outras manias, recondiconando a resposta aos estímulos. ( aqueles terapeutas que vão passear com os fóbicos de elevador e lhes ensinam técnicas de auto-controle)
O método que eu melhor conheço baseia-se na associação livre: o pensamento divaga ao longo de várias sessões, enqto a analista apenas vai chamando a atenção para algumas coisas que vão sendo ditas ( levando-o a filosofar sobre si próprio) Não há perguntas directas, o paciente só fala do que quiser. Pode, incluisive, não falar de coisas que o incomodam demasiado, , ainda assim, encontrar um equiílbrio.
A alternativa que existia a este método, antes das psicoterpias, era tirar o útero a mulheres com histeria...ou então, temos o nosso prémio nobel da medicina que descobriu como curar as depressões extraindo uma parte do cérebro ( o Egas Moniz)
eu não falei de nenhum método, de nenhuma linha de tratamento psíquico. Falei do tratamento psiquico, ponto. E aquilo que eu quero dizer é que tudo aquilo que os psicologos fazem, tem de certeza uma correspondência física, ou química, ou energética, ou lá o que lhe queiras chamar, nos neurónios do paciente. Eu sei onde tu queres chegar, eu sei que queres dizer que a psicologia é uma ciênica que trata da alma e como a alma a gente não sabe o que é, não se consegue explicar por iões. Eu percebo que te escandalizes com a ideia de que a alma sejam iões, mas se pensar que a gente não faz a mínima ideia do que são os iões, os fotões e etc e tal, percebes que não é assim tão feio falar da alma assim.
E numa lobotomia (que acho que era usada nas psicoses e não nas depressões), tiram-lhes um pedacinho da alma, ah pois tiram :)
sim, a psicologia dá importÂncia a todos os mecanismos neurológicos q influenciam o nosso comp, porém, não estamos sempre demasiado focados nisso, sabemos apenas que há essa ligação e q influencia, como tal, temos de gerir o nosso trabalho em função disso.não negamos nenhum dos factores de personalidade mas tb n fazemos operações ao cérebro q mudem essa personalidade!
de acuerdo... o que eu acho é que a neurociência daqui por umas dezenas de anos, trata a alma mudando uns circuitos eléctricos do cérebro :))) Não, não vais ficar desempregada porque nessa altura já estarás reformada :)))
lool, nunca havemos de perder a psicologia, é essencial para a sociedade!!por mt q os neurologistas descubram!!=P
Um desafio para a cientista :) :
imaginemos um par de gémeos ( ou mais: 3 , 4 ) monozigóticos. Têm o mesmo código genético, no entanto, embora fisicamente muito parecidos, são pessoas totalmente diferentes.
E não são só diferentes pela interacção com o meio, de facto interagem de forma diferente pq são 2 pessoas, logo à partida, e não uma pessoa em dois corpos.
Tenho 2 sobrinhas gémeas, iguaizinhas ( a meus olhos). Desde bebés que os pais as distinguiam pelas diferentes expressões da cara e comportamentos. Os pais são pessoas equilibradas e atentas, evitaram comparações, aceitaram as diferenças. Hoje têm 18 anos, uma estuda economia e a outra artes. O que têm em comum? O mesmo que quaisquer irmãos: sinais da educação de casa. De resto, são duas pessoas distintas.
Como pode a neurologia explicar isto?
O que me parece é que há um preconceito da parte de alguns médicos em aceitar as investigações feitas na área de psicologia. E há tantos estudos!
É uma ciência tão dinâmica, com tantas ramificações...
Em vez de existirem "capelinhas", seria melhor para todos se se interessassem tb pelos estudos de colegas que enriqueceriam os seus próprios conhecimentos...
O conhecimento é infinito. De uma pesquisa, resultarão sempre dúvidas que levam a outras pesquisas, não é verdade?
eh pá, isto deve ser defeito meu, devo ser eu que não me sei explicar...
Mas quem é que falou aqui em não acreditar na psicologia???? Hein???
Daquilo que eu disse, alguma coisa contradiz as gémeas serem diferentes???? Ora volta lá a ler o que eu escrevi sff...
Eu só tento explicar pela neurociência, aquilo que a psicologia estuda. É difícil perceber isto? Eu sei que os psicólogos fazem estudos, pois claro, é uma ciência.
Mas se uma criança é maltratada e vem depois a ser um maltratante, coisa que a psicologia já comprovou por estudos que é frequente acontecer, achas que isso acontece porquê? Porque há uma alma que é uma coisa que não tem a ver com o nosso cérebro? Achas mesmo isso? Não achas que é porque a infância ficou inscrita no cérebro da pessoa? É uma memória, a memória fica inscrita nos neurónios. E depois as restantes experiências de vida que são inscritas posteriormente, dependem da arrumação desses neurónios...
Eu acho que a neurociência até vem dar maior credibilidade à psicologia.
O exemplo dos gémeos servia só pra demonstrar que há limites para as neuro-ciências, uma vez que 2 pessoas com o mesmo ADN ( imagino que, em termos químicos de todas essas coisas acabadas em _iões) tenham tudo igual....podem ser pessoas diferentes
Penso que só as ciências humanas podem compreender isto..
Claro que somos diferentes, porque não somos apenas o material genético. A partir do momento em que nascemos as nossas experiência são diferentes e o modo como passamos por elas também é diferente. O modo como resolvemos os problemas, as opções que vamos tomando ao longo da vida, os acontecimentos mais ou menos marcantes, fazem de nós seres diferentes
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