domingo, 20 de abril de 2008

O coração é uma bomba!

Vou contar-vos uma história verídica que li hoje no jornal:

Em 1995, Sonny Graham, 56 anos, recebeu com sucesso um transplante de coração.
O novo coração deste norte-americano provinha de um suicida.
Sonny decide ir conhecer a viúva, de 28 anos, mãe de 4 crianças. Quando a conhece escreve: "Senti que a conhecia há anos. Não conseguia tirar os olhos dela".
Casaram em 2004.
Este ano, este mês, Sonny voltou a ser notícia. Sem motivo aparente, disparou um tiro de caçadeira na garganta.

Só se espera que o coração não venha a ser usado em novo transplante :))

Existe uma "memória celular", como alvitra o jornalista, ou será caso para desconfiar daquela mulher? :)

30 comentários:

idadedapedra disse...

eu cá apostava na mulher... :)

JR disse...

Eu também... E depois são estas coisas que nos levam para os misticismos...

nelio disse...

eu também apostava na mulher... terão sido mesmo suicídios?????

reb disse...

Foi a notícia que li...

reb disse...

O jornalista que escreveu isto lembra uma teoria de que seria possível existir uma "memória celular" que faz com que os órgãos transplantados transmitam aos receptores características dos doadores. Fala de um caso conhecido: uma prof de dança, Claire Sylvia, que, qdo acordou da cirurgia, quis beber cerveja. Uma bebida que ela nunca tinha bebido mas era a favorita do homem que lhe dera o coração.
Será tudo treta? :))

JR disse...

Uma pessoa recebe um coração novo. Sabe que tem uma esperança de vida curta. Sabe que é o coração de um suicida. Casa com uma mulher quase 30 anos mais nova. Arranja 4 filhos emprestados. Queres mais motivos para se suicidar??????

reb disse...

:))

Mas olha que é azar, estar a morrer de coração, receber um novo e vir a dar cabo dele.... :)

idadedapedra disse...

:))))))
não percebo como é que as células do coração vão misturar o seu material nuclear com as do cérebro, para conseguirem transmitir uma memória...

Um dia estudo sobre isso, sobre a memória transmissível, que sei pouco disso (mas que de certeza não se aplica na situação do transplante que descreves: só se fosse transplante de cérebro, que é uma coisa que não existe e se existisse chamava-se transplante de corpo)

O nélio é que é capaz de saber sobre isso, sobre a existência ou não da transmissão de memória para seres futuros. Nas bactérias existe, certo nélio? Mas elas transmitem umas às outras bocadinhos de DNA encostando-se só umas às outras...

harumi disse...

Eu cá aposto no homem! Ficou sem coração para ela, e tratou de abreviar o sofrimento.

Agora a sério, lembram-se que aqui há algum tempo se falava na memória da água!?
Em princípio este tipo de coisas carece de justificação científica, mas....., como se costuma dizer: "Quanto mais sei, mais sei que nada sei."

idadedapedra disse...

a possibilidade de transmissão de material nuclear da célula (DNA) sem ser pela reprodução, terá dado uma ajudinha na evolução das espécies, transmitindo genes úteis... eu acho que isto está provado, mas não juro...

idadedapedra disse...

acho que é na memória da água que se baseia a homeopatia, mas eu não percebo como é que funciona, se é que funciona, se não é só efeito placebo

idadedapedra disse...

os jornalistas dizem muita coisa que não fazem a mínima ideia se está certa ou não. Dou por isso quando falam de medicina

harumi disse...

Quer dizer, nas plantas a coisa até que funciona. Faz-se a enxertia de um ramito numa outra árvore, e depois ficamos com uma planta com características de ambas. Mas nos seres humanos, imagino que a coisa não funciona da mesma forma. Estou a ver um fulano pacífico receber um braço de um boxeur que tenha acabado de morrer, e passados uns meses, termos um desordeiro nato!

nelio disse...

a memória da água é outra questão: parte do princípio que uma substância diluída até níveis intedectáveis por qualquer instrumento de medição, continua presente em quantidades ínfimas. mesmo que seja uma só molécula em vários milhões de hectolitros.

a transmissão de fragmentos de dna entre bactérias é um facto. esses pequenos fragmentos chamam-se plasmídeos e é um dos mecanismos pelo qual se podem transmitir resistência aos antibióticos entre espécies diferentes.

sobre a memória, que sabemos nós sobre a memória? mas duvido que as células do miocardio consigam transmitir seja o que for. acho que é mais uma questão de sugestão, pelo lugar que o coração, em sentido figurado, ocupa nas nossas emoções.

já o caso da claire sylvia, custa-me a crer. se tivesse sido um transplante hepático ainda vá lá... :)

idadedapedra disse...

pois, nélio, é isso que eu queria perceber se existe, mas que não tem nada a ver com esta situação do transplante obviamente.
Nas nossas células, há alguma possibilidade de incorporar DNA que venha a servir como memória transmissível? Percebes a minha dúvida?
Outro dia, a estudar sobre psoríase, li um artigo que especula que a psoríase pode talvez ser transmitida por um vírus que se incorpora no nosso DNA e que depois nós transmitimos aos nossos filhos. Fiquei sem perceber como é que o raio do DNA incorporado num ser já adulto, se vai enfiar no núcleo do óvulo... O artigo não explicava, só especulava sobre a possibilidade de existir esse mecanismo...
Para mim saber isto é importante, até porque gosto de perceber a evolução das espécies e se isso existir, então realmente torna mais fácil a evolução; ou seja, as mutações não são completamente aleatórias

Tão só, um Pai disse...

:) não há nada como ter um mínimo de saúde, evitar os estados de prostação e dependência física de terceiros, no período pós operatório. São deprimentes. Há quem perca o emprego e se veja encurralado e sem saída. A dependência de medicamentos, que nos fazem bem a umas coisas mas destroiem outras, às tantas, também chateia, até pode ser desesperante. No meio disto podem sobrevir estados bipolares. Casou-se em euforia, matou-se em descrença.

TãoSóUmPai disse...

... ??? também há a auto-sugestão, o acreditar-se estar possuído pelo espírito de outro, o de se ser reincarnado. Não sabemos qual era o edifício mental do sujeito. Há o voodu, o professor makumba e os videntes que nos põem em ligação com o outro mundo. Jogos de incertezas na mente de cada um. :):):) ... tenho por norma não abrir correspondência que me chega sem remetente conhecido ou esperado. :):):) No outro dia, quando aspirava a sala, ao afastar alguns móveis, dei de caras com uns saquinhos e frasquinhos, mais umas bodegas estranhas. Sorri. Pus uma máscara de protecção contra poeiras, umas luvas, peguei naquelas bodegas, fechei-as num saco hermético e pu-lo no lixo. Às vezes, esses saquinhos e frasquinhos apenas têm o produto da crendice. Outras, têm substânciazinhas que nos podem fazer sentir mal, ou menos bem. Vai daí, atribui-se a má disposição a um qualqer poder paranormal, até mesmo à feitiçaria. Apercebi-me desta dualidade com um "feiticeio" duma povoaçãozinha chamada Boruma. Vi gajos quase a morrer porque acreditavam que tinham sido alvo de mau olhado para que isso acontecesse. Depois, quando lhes diziam que o mau olhado tinha sido revertido e anulado, por outro feiticeio, claro, então recuperavam a olhos vistos. As mentes de perversas crenças são lixadas. :):):) ... quantos de nós, depois de um filme de terror do caraças, não acendemos as luzes pela noite dentro?

idadedapedra disse...

hum... essa tua casa é estranha ó ts1p... a minha tem muito pó mas nunca encontrei saquinhos misteriosos atrás dos móveis :)

Tão só, um Pai disse...

:) ... é uma casa de crenças ancestrais :)

harumi disse...

tãosóumpai, gostei bastante desta última explicação. Também acho que a auto-sugestão joga um papel importante nesse tipo de acontecimentos.

idadedapedra disse...

ah, claro que sim, então para a minha mente científica isso é óbvio.
A gajita que quis a cerveja provavelmente depois de ter sobrevivido a uma cirurgia daquelas estava cheia de sede e com a sensação que tinha uma vida nova pela frente e que ía aproveitá-la fazendo coisas que nunca tinha feito. Ou então foi a última frase do anestesista antes dela adormecer: "apetecia-me muito mais beber uma cervejinha do que estar aqui fechado no bloco operatótio" :)))

TãoSóUmPai disse...

... ou saltou-lhe da mais recôndita memória um anúncio com o gajo suado da cerveja das 17:00 ... ainda não vi nenhum mas, nisto, de mulheres, às vezes é com cada fantasia ... que é melhor ficarmos por aqui ... :):):)::):

reb disse...

Havia um anúncio espectacular. Lembram-se? Não sei se era da coca-cola. Há um prédio cheio de escritórios onte trabalham mulheres. Pela janela vai passando um tipo, seria pintor?
Nenhuma mulher esqueceu esse anúncio :)

Era disso que falavas? ;)

Tão só, um Pai disse...

:):):):) ora bem, é que já não podia ouvir tanta algazarra fêmea acerca de tão pindérico anúncio :):):) ... acho-o eticamente errado, é que, um gajo, não é um objecto de consumo, pá.

E sim, foi esse o anúncio que transpus, mas com uma cerveja, na tola duma moça apardalada pela anestesia. Se não o sabem, há muita gente que, quando leva com a moca anestésica, diz coisas muito pouco ... "usuais" ... até se diz haver, por aí, gente que, ao saber disso, até se recusa a ir à faca ... :)

reb disse...

Fala-se durante a moca anestésica? ;)

Imagino a risota no bloco operatório:))

idadedapedra disse...

:) depende do anestésico. Quando são procedimentos simples às vezes dá-se só uma coisa leve (midazolan por exemplo) que para além de pôr o doente apardalado e bem disposto, faz com que ele não se lembre de nada do que aconteceu :)
Aí, se se perguntar, as pessoas respondem algumas coisas sim, mas os médicos são todos muito boa gente e ninguém pergunta nada :)

Tão só, um Pai disse...

:):):):) He he he , deve ser por não perguntarem nada que se andam sempre a rir ... pelo menos, quando fui operado ao joelho, tinha então 18 aninhos, até fiquei desconfiado da risota daquela gente ... por causa do último que tinha lá estado ... e não gostei da maneira como olharam para mim ... como que a dizer, "deixa lá ver o que sái daqui" ... :):):) ...

reb disse...

Só conheço o ambiente do bloco operatório das cenas da tv sobre médicos e hospitais ( pq será que há tantos filmes passados em hospitais?). Mas aí são todos muito bonitos e simpáticos entre eles e com os doentes e, em geral, entre aquele pessoal todo que lá está no bloco, trocam-se olhares sedutores enqto se passa uma pinça :)

Tão só, um Pai disse...

... hum ... e, em pequenina, nunca brincaste aos médicos. não?

reb disse...

Brinquei, pois :)