Sabemos que há animais que acasalam para a vida, e essa condição ( monogamia) observa -se tanto em animais terrestres, como em aves ou até em animais marinhos. Mas muitos outros, talvez a grande maioria, não o são.
Nos humanos tudo depende das culturas e das épocas históricas. A família como a conhecemos ( pai, mãe e filhos) é uma instituição relativamente recente na história da humanidade ( na cultura ocidental).
E no início disto tudo? Será que o australopitecos ( é assim que se diz?) se envolvia com uma australopiteca ao longo da sua curta vida? Penso que não deveriam viver mais que os vinte e tal/ trinta anos... Haveria casos de monogamia e casos de poligamia?
Bem, mais recentemente, a Florbela Espanca dizia: "Quem disser que se pode amar um só homem em toda a vida é porque mente" :)
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9 comentários:
a Florbela é uma subversiva.
E, desde que me lembro, conheço a poligamia.
E... ter muitas mulheres, assim como muitas cabeças de gado, é sinal de riqueza, em muitas sociedades do Norte ao Sul de África. Que analogia existirá entre as mulheres e gado, não sei, apenas acho que se fica pela quantidade pelo facto de ambos os espécimes serem comprados.
claro, a analogia é essa: compram-se (nalgumas culturas, penso que não em todas :)), logo são sinais de riqueza.
Para que é que servem os sinais de riqueza? Para atrair mais mulheres para garantir a reprodução dos genes do macho e diversidade dos genes. A diversidade é uma coisa muito importante na evolução das espécies. É pela junção de vários genes diferentes que se criam a maior parte das alterações genéticas e assim possibilitam um salto na evolução.
isto é só explicação científica de comportamentos ligados à sexualidade. Depois há que contar com a mente humana...
(será que a palavra mente tem a mesma origem que mentira??? hehehe, estava a brincar agora)
É engraçado que ninguém se tenha referido à poligamia feminina ;)
Sexualidade não é sinónimo de amor. Acasalamento também não. A tendência para a poligamia ou monogamia nos não humanos, talvez tenha mais a ver com modos de sobrevivência do que com outros aspectos.
Parece-me que também a monogamia e a poligamia que, ao longo dos tempos existiram nas várias sociedades humanas, são fruto das necessidades de sobrevivência e do que os hábitos e costumes (aquilo que no fundo é a moral) foram ditando. Houve sociedades matriarcais, patriarcais, poligâmicas, monogâmicas.
Perguntar se o homem é monogâmico ou poligâmico, parece-me uma falsa questão. O que me parece importante é a necessidade de afecto. De verdadeiro afecto.
Talvez seja mais fácil (?) obter esse afecto numa relação monogâmica. Mas esse afecto, ou, se quisermos, o amor, não aparece por geração espontânea. Há que construi-lo, alimentá-lo. Há que saber doarmo-nos. Só nessa doação, porque incondicional, se encontra o verdadeiro amor, o verdadeiro afecto. O resto, são negócios.
Já agora, no que respeita às mulheres e às cabeças de gado, talvez o mais importante não seja a posse por si mesmo, mas o poder que tal posse revela, com a consequente hierarquização na sociedade. Ainda sobre esta questão, nessas mesmas sociedades, não é raro as crianças do sexo feminino serem mortas à nascença, porque a necessidade de, pelo casamento, dar um dote para acompanhar a filha, pode levar uma família à pobreza (ainda maior)
É por necessidade de afecto que nos tornamos monogâmicos? Ou é, como disse Marx, por acumulação de "riqueza" e necessidade de a transmitir a herdeiros?
Quem me garante, que em outras formas de cultura( poligamia, matriarcado, etc) as pessoas não estavam mais preenchidas do ponto de vista afectivo? A necessidade de uma relação exclusiva aparece relacionada com outros factores.
O que eu gostaria de tentar perceber é o que leva outros animais ( e nós tb o somos, e fomos ainda mais) a escolher um parceiro para a vida. Sim, tem q ver com as necessidades deles em termos de sobrevivencia, e mtas vezes ( até nos humanos) estará relacionado com o nº de femeas e de machos. Será só?
e por aí fora... :)
No que respeita à biologia, inclino-me para a sobrevivência, que trouxe até aos nossos dias os que tinham tendências monogâmicas.
Mas, nos nossos dias, a monogamia talvez tenha sobretudo a ver com questões culturais e morais. Este moral refere-se exclusivamente ao respeito pelo outro e mais nada.
Porque, do mesmo modo que se pode optar por uma relação aberta, pode optar-se por uma relação fechada. Mas isto terá que ter em conta oas opções dos parceiros.
Se o nosso parceiro/a optar por uma relação monogâmica, não seria, no mínimo, uma profunda falta de respeito não haver reciprocidade?
Isto é apenas uma mera opinião, sem qualquer cariz cientifico
:( desaoareceran os comentários do outro post com o mesmo, e só, o título.
Há 2 posts pq me enganei: ao escrever o título cliquei na tecla errada. Por isso fiz um segundo :)
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