De sentimento em sentimento, lembrei-me da ternura...
Sentimos ternura pelas pessoas, animais ou mesmo alguns objectos que nos são valiosos.
A ternura é mais um dos condimentos do amor e talvez dos mais abrangentes. Penso poder afirmar que não há amor sem ternura ( e aqui Amor abarca todas as formas desse sentimento que experimentamos ao longo da vida).
Mas também sentimos ternura por pessoas ou animais que nos são desconhecidos ( com os quais não temos um elo afectivo): as crianças despertam-nos ternura, pela minha parte os cães também e todas as crias , há pessoas que vemos na rua e nos inspiram um "sentir" parecido com ternura...
Já o mar, embora o amemos, não nos desperta esse sentimento, não é verdade?
Conseguiremos compreender o que cada um de nós sente qdo tem ternura?
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17 comentários:
Bom, vamos lá esquecer as desgraças benfiquistas, e acabar a noite de forma ternurenta, que aquilo é uma maltosa quem não merece nem a água que bebe!
Eu sei lá se isto é emoção ou sentimento!
Estar a ganhar 2-0 e perder 5-3.
Grrrrrr........ai que raiva!
Ternura é também uma forma de comunicação, é mercantilismo dos afectos.
Trocam-se carícias....sorri-se....e pronto, ficamos mais felizes!
Se olharmos a ausência de atributos esoeciais para defesa (garras, espinhos, venenos, velocidade, camuflagem) a espécie humana é completamente desprotegida. Uma gravidez dura 9 meses. Um recém-nascido leva meses até andar de pé, anos até ser minimamente autónomo. Se não fosse a capacidade de solidariedade, de ternura, de afecto, de amor, a humanidade não existiria.
ah, JR, mas a ternura também existe nos animais... mas sim, se calhar a intenção é a defesa da espécie.
E agora vou ao centro comercial... grrrrrr.... não há lá ternura nenhuma mesmo!
ternura é aquilo q n sento pelos sportinguistas qd ganham e fartam-se de apitar cm se ainda n tivessemos percebido!!:P ternura é querer dar carinho, afecto, é dar um olhar diferente, um sorriso...
Oh IP, eu não disse que os outros animais (sim porque nós também somos animaizinhos) não possuem a capacidade de ternura, mas apenas que sem essa capacidade, provavelmente, a humanidade não existiria.
Já agora, ontem voltei a escrever umas tretas no blog. Se quiseres por lá passar (ou alguém quiser ler umas tretas) o enndereço é: http://www.esquecimentodemim.blogspot.com/
hoje vou fazer babysitting para casa duma colega para ela poder ir trabalhar. Amanhã logo vejo
Maggie, eu tb não consigo sentir ternura pelos sportinguistas qdo levam a noite toda a passar pela minha casa buzinando a sua vitória! ;) Sinto, antes, uma pontinha de inveja por não poder participar na festa ;)
É interessante essa questão de ser a ternura um sentimento indispensável à sobrevivência da nossa espécie. Nunca tinha pensado nisso. Provavelmente é comum a todos os mamíferos ( como lembra a IP). De facto, os humanos nascem completamente dependentes e são o animal que mais tempo demora a adquirir uma autonomia que lhe permita a sobrevivência. Sem a ternura dos seus progenitores( ou quem faça as auas funções)morreriam muito cedo...
jr. prometo que, assim que tiver tempo, irei visitar o teu blog :)
Há uma canção do Paco Bandeira que sublinha "A Ternura dos Quarenta".
Vocês acham que a ternura se acentua em idades específicas, ou o seu potencial é linear e só se manifesta mercê das circunstâncias?
Harumi, é provável que aos 40, porque já somos "quase" maduros, estejamos mais preparados para assumir a ternura. Mas parece-me que ela é inerente a todo o ser humano. Se atentarmos à nossa volta, talvez possamos concluir que psicanalistas e psiquiatras vivem muito à custa da falta de afectos, da falta de ternura. Não só porque não se recebe, mas porque não há destinatário.
jr, claro que sim, aliás, somos todos (ou quase todos) criados desde os primeiros dias de vida com grandes manifestações de ternura, que nos vão comunicando que o meio onde estamos inseridos é seguro. Penso mesmo que embora esta vertente da nossa educação seja imprescindível para a construção de um ser humano emocionalmente equilibrado, é ela que posteriormente nos pode também criar problemas, caso sejamos manifestamente carentes de manifestações de ternura. E então como referes lá estão os psicanalistas e os psiquiatras a tentar encontrar um meio de iludir no paciente o seu défice de ternura.
São normalmente tantas as manifestações de carinho que recebemos na nossa infância, que é sempre problemático viver o estado de adulto, sem elas.
jr, já dei uma saltada ao teu blog.
Gostei bastante!
O post "Viver com Dignidade" até me tirou o fôlego.....acho que o li sem respirar!
Harumi, obrigado pelo comentário ao blog. Mas no anterior comentário sobre a ternura, lembraste-me outra coisa: Quem não tem afectos em criança, cresce sem estrutura e normalmente torna-se marginal e perigoso, o que em princípio vem reforçar a ideia da ternura intrinseca do ser humano.
jR, tb gostei mto do teu blog!
Deixei lá um comentariozito no post sobre professores :)
Qto à falta de ternura na infância e consequências na adolescência e idade adulta, é absolutamente verdade. Tenho, este ano, uma turma "especial" constituida por jovens "pouco amados" e posso dizer-te que, não só se tornam agressivos, como as suas faculdades cognitivas ficam claramente afectadas.
Não tenho muito mais a dizer, em relação ao que foi comentado no outro post, a propóosito do amôr de pai. :) ... sim, leram bem, "amôr".
Claro, a ternura tem várias matizes mas, no fundo, sinto-a como, sem disso nos apercebermos, uma braseira que cá dentro temos, num cofrinho muito secreto, que só se abre num calor gostosinho e constante quando alguém, ou algo, muitas vezes sem o saber, possui a combinação certa e trás, também, uma chavinha mágica consigo. Há quem diga que esse cofrinho é o coração. :) ... :) no outro dia estive com um bébé ao colo e fiquei cheio de saudades ... :):):)
Uma coisa é certa, nem todas as crias suscitam ternura, existem aspectos culturais e contextos que o impedem. Assim, de perto, lembro-me dos ódios ancestrais entre povos e as chacinas que se comentem, em que nada nem ninguém se poupa. Lembro-me, também, de as mães darem carne de franguinho e de vitelo aos filhotes, talvez por ser mais tenrinho, do leitão da bairrada, para gaudio dos apreciadores, do sacrifício de cordeiros em altares a Deus, do massacre anual, à paulada, de focas bébés, no ártico, de se matarem crias de gatos e cachorrinhos por não se terem a quem dar ... não sei se é bom ou mau, mas há malta que consegue ter por profissão a indiferença dum coração de pedra.
cá para mim a ternura não é uma coisa que esteja assim tão reservada a quem tenho no meu coração. Eu lido com bebés todos os dias e derreto-me com eles (principalmente com os recém-nascidos) porque me suscitam ternura... É um sentimento meio instintivo parece-me. Se calhar é uma emoção e não um sentimento, hehehehe.
Mas que há quem não sinta ternura nenhuma, lá isso há.
E enquanto as fémeas mamíferas parecem realmente dar ternura aos filhotes delas e das outras, já os machos são mesmo capazes de os matar se não forem os pais, para impedir a propagação de genes que não os deles próprios ou mesmo para que a fémea fique mais rapidamente disponível para nova cobertura (pelo menos esta é a explicação científica para a coisa, não sei se é o que o bicho pensa)
Pois era aí que que tb queria chegar: é possível sentir ternura por quem não se ama.
Se não há dúvidas que a ternura é um dos condimentos do amor ( aí, sim, é sentimento) que dizer dos "acessos de ternura" de que fala a IP por pessoas com quem não temos um elo afectivo? Ou seja, existe a ternura enqto emoção? :)
QQ bebé me faz sorrir, qq criança a brincar no seu mundo tb, qq cria de cãozinho me derrete, e ainda me acontece, às vezes, andar a passear na rua numa de observar, e vir-me um sorriso qdo deparo com um casal de namorados castiços:)
Se é tão intrínseco a nós, se calhar é pq é mesmo instintivo, como dizia o JR, uma vez que não sobreviveriamos sem grandes doses desse sentimento na infância:)
Qto ao massacre das focas bebés e outras atrocidades cometidas pelos humanos contra os animais, acho que quem as faz é um "ignorante", um "frustrado" e tudo o mais...
Nem gosto de pensar nessas coisas., assim como não consigo pensar mto na patologia que é a pedofilia...
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